São Paulo, domingo, 26 de março de 1995 |
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Cidades disputam traçado da Bandeirantes
ROBERTO CARDINALLI
Quatro cidades da região de Campinas (99 km a noroeste de São Paulo) disputam o traçado do prolongamento da rodovia dos Bandeirantes, que deve começar a sair do papel no mês que vem, com a saída do pré-edital da privatização da estrada. Na disputa para afastar -ou aproximar- o fluxo de cerca de 60 mil carros que passam pela rodovia por dia, Campinas, Hortolândia, Santa Bárbara D Óeste e Paulínia preparam variantes para o projeto original do Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A). Campinas, administrada pelo PSDB, partido do governador Mário Covas, saiu na frente. Na semana passada, técnicos da Secretaria Municipal do Planejamento estiveram apresentando seu projeto no Dersa. Os prefeitos de Hortolândia (PMDB), Paulínia (PMDB) e Santa Bárbara (PSDB) pretendem iniciar no decorrer desta semana entendimentos com o governo para serem atendidos. Apenas Paulínia (20 km de Campinas) quer aproximar o traçado da rodovia. De modo geral, as outras cidades querem evitar o corte por parte do prolongamento de áreas urbanas. Santa Bárbara (46 km de Campinas), por exemplo, teria toda a sua zona leste, que representa cerca de 50% do município, separada pela rodovia. No final de 93, o prefeito José Maria Araújo Júnior (PSDB) havia acertado com a direção anterior da estatal a construção de uma alça de 20 km, contornando o município. "Queremos a manutenção do acordo que surgiu de uma viabilidade técnica e não política", afirma Araújo Júnior. Hortolândia (20 km de Campinas) e Campinas querem um desvio mais a oeste da proposta apresentada pela Dersa, para que o Jardim Amanda e a região do Campo Grande, respectivamente, não seja separados da cidade. "Vamos tentar evitar que a rodovia separe uma das nossas áreas mais populosas", diz Arlei Mapolli, chefe de gabinete e secretário de Negócios Jurídicos de Hortolândia, que pretende estar em São Paulo discutindo a questão até sexta-feira. O edital de pré-qualificação das empreiteiras interessadas em operar o sistema Anhanguera-Bandeirantes está previsto para ser divulgado pelo governo até abril. O processo total de privatização das estradas está orçado em US$ 2 bilhões (R$ 1,78 milhão). Texto Anterior: Universidade terá seu banco de dados Próximo Texto: 'Malu', 15, não tem mais a cara da mulher Índice |
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