São Paulo, domingo, 26 de março de 1995 |
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Médica inglesa detecta reações alérgicas em fetos
JAIRO BOUER
Uma das maiores especialistas do mundo na área de prevenção de alergias, a médica inglesa Jill A. Warner, da Universidade de Southampton, conseguiu detectar alterações em fetos a partir da 17ª semana de vida. O sangue dos fetos é colhido através de uma punção do cordão umbilical e examinado. Células do sistema imunológico e anticorpos (tipo especial de proteína) responsáveis por respostas alérgicas têm sido identificados. Isso significa que a criança está entrando em contato com os alérgenos ainda dentro do útero. Segundo Jill, a descoberta -que ainda necessita de maiores estudos— pode determinar uma nova prática durante a gestação. As futuras mães de crianças potencialmente alérgicas teriam que tomar cuidados especiais a partir do segundo trimestre da gravidez. Parar de fumar, seguir uma dieta supervisionada por nutricionista sem alimentos alergênicos —ovos, leite de vaca, peixes, frutos do mar— e evitar contato com o pó e com animais de estimação são medidas simples e efetivas. O grupo de Jill têm vários trabalhos em andamento. Os bebês de famílias alérgicas têm o sangue do cordão umbilical colhido após o nascimento. Exames nesse sangue tentam identificar dados objetivos como algumas linhagens de células ou determinados tipos de anticorpos que demonstrem uma maior suscetibilidade às alergias. É possível até verificar a que tipo de alérgenos essa criança é sensível. Os mais comuns são pêlos de gato e de cachorro, penas, bolores, grama, pólen, ovo, leite de vaca e ácaros. A mãe é orientada a evitar o contato do bebê com os alérgenos específicos durante todo o primeiro ano de vida. (JB) Texto Anterior: Estudante reclama de falta de ar e 'chiado' no peito Próximo Texto: Insetos mortos trazem risco Índice |
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