São Paulo, domingo, 26 de março de 1995 |
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História registra casos clássicos
EUNICE NUNES
Dreyfus era um oficial israelita, que foi condenado à prisão perpétua por espionagem. Em 1894 foi enviado para a Guiana Francesa para cumprir a pena. Ele sempre se declarou inocente e desencadeou uma campanha pela revisão de sua condenação. Em 1899 conseguiu reabrir o processo. E em 1906 foi considerado inocente e reabilitado. No Brasil, há dois casos famosos de erro judiciário, ambos do tempo do Império, que contribuíram para a abolição da pena de morte no país. A história dos irmãos Naves é curiosa. Eles foram acusados e condenados à morte por um homicídio, sem que o cadáver tenha sido encontrado. Conseguiram manter-se vivos graças a uma sucessão de favores imperiais. Anos mais tarde, a "vítima" do suposto homicídio apareceu. Só tinha ido viajar. Eles foram libertados. O outro caso envolveu Mota Coqueiro que, também condenado à pena de morte, conseguiu suspender sua execução devido a uma "graça" concedida por D. Pedro 2º. Na prisão, provou sua inocência e reconquistou a liberdade. Texto Anterior: Confissão sob tortura é anulada Próximo Texto: Dinheiro acabará para pobres e ricos Índice |
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