São Paulo, domingo, 26 de março de 1995 |
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Luiz Sales cria nova empresa de consultoria
FREDERICO VASCONCELOS; FILOMENA SAYÃO
Segundo Luiz, 60, esse passo faz parte da reengenharia que ele mesmo elaborou para a agência, há três anos, "e que está trazendo excelentes resultados". O anúncio antecipado —deveria ser feito em julho— estimulou as versões de ruídos entre os irmãos Luiz e Mauro, que, juntos com Apolônio, fundaram há 30 anos a Mauro Salles Publicidade. Ambos negam que tenha havido brigas. "Minha missão estava cumprida, foi uma decisão difícil, importante e gostosa, porque tudo foi feito em clima de lua-de-mel", disse Luiz à Folha, sexta-feira à noite. Mauro, 62, reforça essa afirmação: "Como o mercado não está acostumado a coisas feitas em paz, sempre acha que houve briga. Quando passei a presidência para o Luiz, achavam que estávamos brigando. E quando Luiz passou a presidência para meu filho, Paulo, pensaram a mesma coisa." A nova empresa de Luiz vai assessorar empresas nas áreas de marketing, relações públicas, imagem corporativa e planejamento estratégico. Antes de a nova firma ser formalmente constituída, Luiz enviou carta aos amigos, na qual afirma que foi uma decisão "talvez das mais difíceis que tenha tomado". A comunicação antecipada ocorreu, segundo Mauro, porque surgiram duas novas clientes para a nova firma de Luiz: o grupo Pão de Açúcar e o Grupo Bloch Editores. A "LS Serviços Empresariais" já nascera com dois outros clientes, o Bradesco e a própria agência Salles/DMB&B. Há três anos, Luiz passou a presidência executiva da agência para seu sobrinho, Paulo, 38, e assumiu a presidência do Conselho. Em junho de 94, a agência comprou a participação da holandesa Vendex (40%) e revendeu à norte-americana DMB&B. Na ocasião, Luiz vendeu sua participação minoritária para Mauro e para a DMB&B. Segundo Mauro, seu irmão pretendia "viver uma vida diferente" e optara por uma empresa de consultoria com poucos clientes. "Para nós, não mudou nada", diz Mauro. Luiz diz que completou o processo de transição. Mas que não se afasta da Salles. (Frederico Vasconcelos e Filomena Sayão) Texto Anterior: Mercado prevê mudança da banda cambial até a virada do 1º semestre Próximo Texto: Impasse na política cambial Índice |
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