São Paulo, domingo, 26 de março de 1995
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Benetton vive estigma de 'caçula'

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O que esperar de uma empresa em que o presidente se deixa fotografar nu para uma peça publicitária? E o que esperar dessa mesma empresa quando ela decide se meter no restrito mundo da F-1?
Não foi necessário esperar. A Benetton, em menos de duas décadas, distribui suas lojas pelas esquinas do planeta com fôlego de McDonald's e fez um campeão mundial em apenas nove anos de existência.
Desde 1986 nas pistas, depois de adquirir a pequena Toleman, a mais nova irmã das equipes grandes da F-1 vive sendo repreendida por suas irmãs mais velhas.
Essencialmente britânica, a categoria máxima do automobilismo mundial também é conservadora e cheia de tradições.
No ano passado, a hostilidade chegou ao máximo. Sem exceção, nenhum dos times da F-1 gostou das atitudes da Benetton, que foi acusada de ter carros "dopados" pela já banida eletrônica.
Mas como nesse meio todos têm seus esqueletos no armário, foram obrigados a engolir a absolvição da equipe pela FIA na hora do julgamento.
A Benetton trouxe à F-1 a agressividade de seu marketing e foi mal recebida. Mas teve que ser aceita por uma razão simples: competência.
Com pretensões de angariar seu primeiro título de construtores ainda este ano, a equipe conta com o melhor piloto da atualidade, Michael Schumacher, e o experiente Johnny Herbert.
Tal atrevimento incomoda.(JHM)

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