São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 1995
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Professores reivindicam piso de R$ 210,00

DA REPORTAGEM LOCAL

Começa hoje a greve dos professores da rede estadual de ensino de São Paulo. Cerca de 6,5 milhões de alunos do 1º e 2º graus da capital e interior ficarão sem aula devido à paralisação.
A greve foi confirmada em assembléia realizada na tarde de sexta, na praça da República (região central), mas estava programada para acontecer desde 17 de março.
Segundo a Apeoesp (sindicato de professores do Estado), 50% dos professores paralisaram suas atividades na sexta passada.
A expectativa é de que hoje a adesão chegue a 60% e cresça durante a semana. "Em todas as greves a participação aumenta com o tempo", diz Roberto Felício, 43, presidente da Apeoesp.
Ao todo, são 240 mil professores no Estado. Eles reivindicam piso emergencial de três salários mínimos (cerca de R$ 210,00) e política de reposição de perdas para chegar ao piso do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que é de cerca de R$ 800,00.
A proposta mais recente do governo não aumenta o piso —que é de R$ 111,00— mas eleva a gratificação de um professor iniciante de R$ 30,00 para R$ 69,00, totalizando R$ 180,00.
Os professores criticam a proposta do governo porque se só houver reajuste de gratificações, o salário de quem está iniciando a carreira ficará igual ao dos professores veteranos.
Isso acontece porque o valor das gratificações diminui de acordo com o aumento do salário-base.
Um professor em fim de carreira, por exemplo, receberia R$ 164,00 de salário-base mais R$ 16,00 de gratificação. Ao todo, ganharia os mesmos R$ 180,00 do professor iniciante.

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