São Paulo, segunda-feira, 27 de março de 1995
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Exército mata 600 na Argélia, afirma jornal

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Tropas do Exército argelino mataram pelo menos 600 rebeldes muçulmanos em uma emboscada nos arredores de Argel, informou o jornal "Le Soir d'Algérie", controlado pelo governo.
Se confirmada, a emboscada foi o maior enfrentamento entre o governo e rebeldes islâmicos desde 1992, quando golpe militar anulou eleições vencidas pelos fundamentalistas. O conflito já causou cerca de 40 mil mortes.
Segundo o jornal, tropas do governo cercaram cerca de 900 guerrilheiros que aparentemente convergiam para um congresso do GIA (Grupo Islâmico Armado).
Líderes do GIA, o principal grupo guerrilheiro islâmico da Argélia, estão entre os mortos, revelou o jornal. Não houve confirmação independente do relato.
"Além dos 600 terroristas mortos, parece que o número dos que ainda estão cercados pelas tropas do Exército é estimado em mais de 300", diz o "Le Soir d'Algérie".
Outros jornais argelinos haviam relatado a morte de mais de 300 guerrilheiros muçulmanos em emboscada.
Segundo o "El Uatan", a ofensiva contra os muçulmanos começou no dia 18 de março e continuou nas montanhas argelinas.
Segundo os jornais, o GIA estaria preparando uma conferência nas montanhas, cerca de 115 km a sudoeste de Argel. Tropas de elite, com helicópteros e armamento pesado montaram a emboscada na região de Ain Defla.
As autoridades militares argelinas controlam rigorosamente as notícias que podem ser publicadas pelos jornais do país. Espera-se que elas retomem conversações com políticos sobre a realização de eleições este ano.

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