São Paulo, terça-feira, 28 de março de 1995
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Jornalista é morto na Argélia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O diretor do jornal argelino El Moudjahid, Mohamed Abderrahmani, foi assassinado ontem nos arredores de Argel por supostos fundamentalistas islâmicos.
O atentado seria resposta de grupos islâmicos à ofensiva —ainda não confirmada— do Exército argelino na semana passada sobre bases guerrilheiras em Ain Defla (150 km ao norte de Argel).
Segundo o jornal Le Soir d'Algérie, o número de mortos na emboscada armada pelo governo chega a 800, na maior ação contra a guerrilha islâmica desde o golpe militar de 1992.
O ataque do governo visava desbaratar uma reunião guerrilheira. O último total de mortos dá a entender que cerca de 200 rebeldes foram mortos somente nos últimos dois dias.
Domingo o mesmo jornal afirmou que pelo menos 600 rebeldes haviam sido mortos, de um total de 900 membros da maior organização rebelde argelina, o GIA (Grupo Islâmico Armado).
O objetivo da reunião, diz o jornal, seria promover uma grande ofensiva para mostrar aos guerrilheiros do grupo rival FIS (Frente Islâmica de Salvação) que o GIA é a única organização para a Jihad (guerra santa).
As forças de segurança argelinas anunciaram a morte de apenas 26 guerrilheiros islâmicos em ações durante o fim-de-semana.
A guerra civil na Argélia já matou cerca de 40 mil pessoas desde que os militares estão no poder.

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