São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 1995
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Havelange é contrário a punição de árbitros

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Fifa (entidade que dirige o futebol mundial), João Havelange, declarou-se ontem contrário a qualquer tipo de punição a árbitros.
"Às vezes, fico triste quando vejo uma associação nacional punir um juiz. Se ele falha, é porque tem problemas físicos ou particulares", disse Havelange.
"Quando o árbitro não está em boas condições, deve-se afastá-lo por cinco ou seis jogos, até ele se recuperar", afirmou.
As declarações foram dadas no final da tarde, em entrevista coletiva na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF).
Acompanhado do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, Havelange inaugurou uma placa comemorativa à conquista do tetracampeonato mundial.
Na mesma entrevista, porém, o presidente da Fifa se contradisse ao comentar o caso do juiz Oscar Roberto de Godói, acusado pelo jogador Júnior Baiano de atuar embriagado na partida São Paulo x Corinthians.
"Se isso for confirmado e, depois, ele repetir o erro, deve ser cassado como árbitro", afirmou.
O presidente da Fifa se disse também favorável à profissionalização dos juízes.
"Isso é uma necessidade que já vem sendo estudada pela Fifa. O árbitro tem que ser muito bem remunerado para poder atender à sua família e se preparar física e intelectualmente."
Caso Godói
O presidente da FPF, Eduardo José Farah, disse ter uma informação "extra-oficial" de que o exame para a verificação da dosagem alcoólica do sangue de Oscar Roberto de Godói durante São Paulo x Corinthians não acusou a presença de álcool. O teste foi feito pelo Instituto Médico Legal e deverá ser divulgado nos próximos dias.

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