São Paulo, quinta-feira, 30 de março de 1995
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Grupo cubano visita terreiro com Gilberto Gil

LUIZ ANTÔNIO RIFF
DO ENVIADO ESPECIAL

Muito atabaque, dança e cantos em dialeto ioruba marcaram a visita dos 13 integrantes do grupo Muñequitos de Matanzas (Cuba) a um dos terreiros mais famosos da Bahia, o Ilê Axé Opô Afonjá, de Mãe Stela.
A mitologia ioruba é fonte de inspiração para o grupo de percussão cubano, que dedica a primeira parte de suas apresentações a cantar os orixás.

Grupo religioso
"Todos os integrantes dos Mu¤equitos são filhos de santo e praticam a religião", contou Armando Fé, diretor artístico do grupo cubano.
Ele definiu os Mu¤equitos como um grupo folclórico e religioso afro-cubano.

Acarajé
Enquanto o cantor Gilberto Gil carregava uma bandeja de acarajé servindo os convidados do grupo, os 13 cubanos buscavam se integrar, pegando os atabaques do terreiro e fazendo uma pequena apresentação.
Durante o encontro, as semelhanças entre a religião de origem africana no Brasil e em Cuba iam sendo apontadas, como a música, o vestuário e a casa de Xangô.

Diferenças
Entre tantas semelhanças, foram identificadas pequenas diferenças. "Alguns santos católicos têm outros nomes. Santa Bárbara aqui é Iansã, lá é Xangô", explicou Gilberto Gil.

Mãe África
O encontro emocionou os cubanos. "Um dos nossos sonhos era vir à Bahia. A verdadeira África é aqui e em Matanzas", disse Armando Fé, um dos integrantes dos Muñequitos. (Luiz Antônio Ryff)

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