São Paulo, sábado, 1 de abril de 1995
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Diretor de penitenciária pede demissão

DA FOLHA VALE

A rebelião no Presídio 1, de Tremembé (SP), provocou a troca na diretoria da penitenciária. Ontem de manhã, o diretor Carlos Alberto Duarte foi substituído interinamente pelo diretor do IRT (Instituto de Reeducação de Tremembé), Tito Xavier Lopes.
Duarte teria pedido demissão do cargo. Ele não disse o motivo de sua saída. Lopes também não falou sobre o assunto ontem.
Segundo agentes penitenciários, um grupo de 500 presos estava fora das celas na manhã de ontem, antes da vistoria.
PMs que participaram da vistoria decidiram disparar tiros para cima, em sinal de alerta, para que os presos voltassem para as celas. O sinal teria sido obedecido.
Na vistoria dos pavilhões 2 e 3 foram encontradas 600 armas (estiletes, facas feitas com barras das celas e tesouras).
Segundo o comandante da Polícia Militar em Taubaté, major Paulo César Máximo, os PMs participaram da revista no presídio apenas para dar segurança aos agentes policiais.
Ele disse que os PMs não se envolveram diretamente na revista das celas e dos presos.
Máximo afirmou que nos próximos dias ainda devem ser encontradas armas escondidas pelos presos. De acordo com ele, as vistorias das celas foram concluídas, mas ainda haverá revista em outras instalações do presídio.
A direção do presídio confirmou ontem a morte de um preso durante a rebelião -Joaquim Marcelino dos Santos, 31, conhecido como "Queixada". Segundo a direção, Marcelino foi morto a facadas por um grupo de presos.
Segundo o comandante Paulo Máximo, há boatos de que pode haver mais um corpo dentro do presídio.

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