São Paulo, sábado, 1 de abril de 1995
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Veja trechos dos discursos

DO ENVIADO ESPECIAL A CARAJÁS

A seguir, os principais tópicos dos dois discursos do presidente em Carajás:
CONSUMO
FHC disse que tomou as medidas anticonsumo sabendo que elas são impopulares. "Nunca é popular cortar possibilidades de expansão", afirmou.
Segundo ele, a redução foi feita agora para evitar danos daqui a alguns meses. "Aí não há remédio mais, é a volta da inflação".
REFORMAS
"Nos momentos mais decisivos o Congresso apoiou (se referiu à implantação do real) e vai apoiar de novo. O povo precisa delas (das reformas)", disse.
MORTALIDADE INFANTIL
Segundo o presidente, o ministro Adib Jatene (Saúde) fará em breve o anúncio de um programa amplo de combate à mortalidade infantil.
RECURSOS NO EXTERIOR
Fernando Henrique disse que não hesitará em buscar no exterior ajuda para desenvolver projetos na Amazônia. Este seria um dos objetivos de sua viagem aos Estados Unidos, este mês.
ADVERSÁRIOS
FHC voltou a criticar a oposição às reformas da Constituição. Em nenhum momento citou nomes. "Uns por incompreensão, aí tudo bem. Outros por interesse, aí nada a perdoar." COMO GASTAR
O presidente disse aos governadores que "quem joga dinheiro público fora é igual a roubar. Dilapidar dinheiro público é roubar"
SEBRAE
FHC criticou a forma como o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) gasta seus recursos. Segundo ele, a entidade dispõe de R$ 450 milhões.
"Esse dinheiro é do povo, é imposto, saiu de renúncia fiscal", disse. Para o presidente esse dinheiro não deve ser utilizado apenas "para fazer publicidade nos jornais".
BANCO DOS POBRES
FHC lançou a idéia de um banco dos pobres -idéia, segundo ele, copiada de Bangladesh (país do sul da Ásia).
IBGE
"Precisamos recuperar o IBGE para que seja acurado e diga a verdade, e não fique o tempo todo discutindo só assuntos corporativos".
Ele cobrou dados precisos e citou o déficit de moradias -o governo não sabe o número exato, se são 5 milhões ou 15 milhões.
BANCO CENTRAL
Outro órgão a receber críticas foi o Banco Central, por sua morosidade. Ele disse que levou mais de um ano para convencer os técnicos do BC a aprovar a captação de recursos nos países andinos (Chile, Bolívia e Peru).
CAIXA ECONÔMICA
FHC disse que o governo dispõe de R$ 2 bilhões parados na Caixa Econômica Federal na carteira do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Pediu "um pouquinho de tempo" para organizar a CEF e disse que o comando é de instituições como a CEF é de políticos, mas eles precisam ser instruídos com base técnica.

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