São Paulo, sábado, 1 de abril de 1995
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Trânsito no centro atrasa até Corpo de Bombeiros

DA REPORTAGEM LOCAL

Trânsito no centro atrasa até Corpo de Bombeiros
As mudanças no trânsito no centro de São Paulo, que alteraram o sentido da avenida Duque de Caxias e reduziram as faixas da avenida Prestes Maia, estão causando reclamação até de motoristas de ambulância do Corpo de Bombeiros.
"Está tudo sempre congestionado na saída da Prestes Maia. Os motoristas ajudam abrindo espaço, mas o tempo do trajeto aumenta mesmo assim", diz o soldado Marcelino, motorista da unidade de resgate do 1º Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros, na praça da Sé.
"O trânsito ficou mais complicado em qualquer hora do dia na Prestes Maia e na Duque de Caxias", diz o soldado Célio, motorista de carros de resgate do 2º Destacamento de Bombeiros.
"Nunca enfrentei problemas para chegar ao local da ocorrência porque o pessoal abre passagem, mas o tráfego agora está muito pior", afirma.
Para o superintendente de engenharia de tráfego da CET, Luiz Carlos Santos Cunha, o problema é que as pessoas ainda não se acostumaram a fazer o novo trajeto.
"Não vai ser em 15 dias que o motorista vai perder um hábito de 30 anos", afirma. "Não dá para todo mundo passar no mesmo lugar na mesma hora."
As alterações começaram no dia 11 de março. Foram feitas para que seja realizada a obra de passagem de nível entre as avenidas Prestes Maia e Senador Queiroz.
Cunha diz que a solução para fugir do trânsito é fazer caminhos e horários diferentes. Ele aconselha o motorista a evitar a Duque de Caxias entre as 10h e as 16h. O horário de pico máximo na avenida é entre 11h e 13h.
O superintendente da CET diz ainda que o trânsito na região da avenida Duque de Caxias ainda suporta cerca de 30% de carros a mais.
Cunha afirma que no primeiro dia de inversão de mãos, na hora mais congestionada, eram contabilizados 532 veículos passando pela Duque de Caxias. Na última segunda-feira, esse número pulou para 924, um aumento de 74% medido entre 8h e 9h.
"A Duque de Caxias tem capacidade para receber de 1.200 a 1,500 carros nesta pista", diz Cunha. "O volume na pista cuja mão não foi alterada é de 1.700."
Pela medição da CET, o tempo para chegar do largo do Arouche à estação da Luz quando a Duque de Caxias tinha mão única era de 7 minutos e 30 segundos e passou a 11 minutos e 30 segundos quando passou a ter mão dupla. "Esse tempo vai diminuir a cada semana", diz Cunha.
Sobre o estacionamento na pista que teve a mão invertida, Cunha diz que ele pode ser proibido se o volume chegar a 1.500 carros. Ele afirma que na primeira semana de inversão foram aplicadas 620 multas por estacionamento proibido.

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