São Paulo, segunda-feira, 3 de abril de 1995
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Secretário do governo Collor critica o Brasil

SILVIA BITTENCOURT
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE BERLIM

O agrônomo José Lutzenberger, secretário nacional do Meio Ambiente no governo Collor, criticou ontem, em Berlim, a posição do Brasil frente à Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.
Na "Cúpula do Clima, o Brasil vem cobrando dos países industrializados que cumpram o compromisso de reduzir suas emissões de CO2 --como estabelece a Convenção assinada no Rio, em 1992--, antes de estipularem obrigações também para os países em desenvolvimento.
O CO2 é o maior responsável pelo efeito estufa, fenômeno que ocasiona o aquecimento da Terra.
"O Brasil tem uma barbaridade de coisas para fazer na área ambiental, como é o caso das queimadas. Todo mundo tem que agir nacionalmente e pensar globalmente, disse Lutzenberger, que em Berlim participa de vários eventos paralelos à Conferência.
Ontem ele participou do lançamento de uma campanha pela instituição de um tribunal internacional para questões ambientais.
A Cúpula do Clima entra hoje em sua última semana. Até agora, as delegações negociaram apenas os procedimentos para a assinatura de um "mandato.
Este documento deve estipular formas de negociação, para que, algum dia, sejam assumidos compromissos mais adequados no combate ao efeito estufa.
As organizações não-governamentais querem que esses compromissos sejam fixados em Berlim.
Ontem, milhares de ciclistas saíram às ruas de Berlim, protestando contra a falta de medidas concretas pela proteção do clima.

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