São Paulo, segunda-feira, 3 de abril de 1995
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PB tem dois hospitais abandonados

ADELSON BARBOSA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA

Erramos: 04/04/95
Foto publicada em alguns exemplares na pág. 3-2 de ontem mostra obras abandonadas de um hospital em João Pessoa (PB), e não maternidade inaugurada em 92, como saiu na legenda.
PB tem dois hospitais abandonados
As curadorias do Patrimônio Público e da Infância e Juventude de João Pessoa (Paraíba) instauraram inquérito para apurar responsabilidades pelo abandono de um hospital e uma maternidade no bairro Mangabeira.
A maternidade, com capacidade para 60 leitos, foi inaugurada em 1992, mas nunca funcionou. O prédio está abandonado e não tem vigia.
Equipamentos da cozinha e lavanderia, sistema de ar refrigerado, gerador de energia, camas e equipamentos para exames ginecológicos estão enferrujando. O mato toma conta da parte externa do prédio. Embora tenha sido inaugurada, a maternidade também não tem energia elétrica.
A diretora da Divisão de Edificação da Secretaria Municipal de Obras, Maria Salete Cunha Estevam, informou que o prédio era iluminado por meio de uma ligação clandestina, desativada para reformas na rede elétrica.
A rede de água também está desligada. O teto de algumas salas ameaça desabar.
Muitos equipamentos ainda estão embalados. O gerador de ar refrigerado está em um terreno descoberto, exposto à chuva e ao sol e com sinais de ferrugem.
Se estivesse funcionando, a maternidade atenderia à população dos conjuntos Mangabeira, Valentina de Figueiredo e Bancários, cerca de cem mil pessoas.

Hospital
Perto da maternidade, foi iniciada em junho de 1992 a construção do hospital, com capacidade prevista de 60 leitos.
As paredes foram erguidas, mas estão sendo destruídas pelas chuvas. Não foi colocada a cobertura do teto.
Nas salas destinadas às enfermarias e à administração, há lodo. No andar térreo, vigas de ferro estão empilhadas e enferrujadas.
"É uma irresponsabilidade pública. É um verdadeiro descaminho do dinheiro público", disse a curadora da Infância e da Juventude, Maria de Lourdes Leite.
A curadora afirmou que os responsáveis pelo abandono das obras serão processados criminalmente.
Ela disse temer que os equipamentos desapareçam e deu prazo até a próxima semana para que a prefeitura justifique o abandono das obras.

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