São Paulo, quarta-feira, 5 de abril de 1995 |
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Governo quer ver as planilhas de custos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Os fabricantes nacionais que foram beneficiados com o aumento da alíquota do II (Imposto de Importação) de produtos similares serão convocados pela equipe econômica para apresentar suas planilhas de custos.O objetivo é que evitar reajuste nos preços internos por conta da restrição aos importados similares. O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, José Milton Dallari, informou ontem que vai chamar os representantes da linha de eletroeletrônicos para discutir preços. Eletrodomésticos e carros tiveram elevadas as tarifas de importação para 70% na semana passada. Ontem, Dallari iniciou as negociações com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e representantes de montadoras. Dallari disse não haver razões para o aumento do preço dos carros nacionais devido à tarifas de importação maior e ao dissídio salarial dos metalúrgicos em abril. Após reunião de duas horas e meia com os presidentes das montadoras, Dallari disse que o governo vai acompanhar os preços dos carros por 60 dias. Mas não explicou como vai impedir aumentos. O governo já admitiu que a alíquota do II para carros poderá ser novamente reduzida, impondo uma concorrência de preços entre importados e nacionais. Dallari afirmou que foi detectado um aumento no custo do aço e que cada item da produção de carros será avaliado. URV Apesar de o secretário Dallari negar aumento de preços dos automóveis nacionais, a Lei 8.800, que criou a URV (Unidade Real de Valor), permite que as empresas repassem para ao preço final o impacto do reajuste dos salários no mês posterior ao da data-base da categoria. Este repasse, conforme a lei, deve ser feito de forma parcelada. Com isso, as montadoras podem repassar o impacto do dissídio dos metalúrgicos aos preços dos automóveis no mês de maio. Montadoras O presidente da Anfavea, Silvano Valentino, disse que as empresas que trabalham com importados ainda avaliam qual será o impacto do aumento das alíquotas de importação sobre os preços. A produção de carros nacionais, segundo Valentino, pode aumentar. Ele negou que a indústria automobilística esteja reivindicando um reajuste de 12% a 17%. Texto Anterior: Rio de Janeiro tem feira de informática Próximo Texto: Abeiva quer limite para nova alíquota Índice |
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