São Paulo, quinta-feira, 6 de abril de 1995
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Previdência leva manifestantes às ruas

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DO RIO

CUT organiza manifestações em várias capitais do país contra as reformas à Constituição propostas pelo governo
O Dia Nacional de Protesto Contra as Reformas Constitucionais, convocado pela CUT, fez pipocar ontem manifestações contra as reformas pretendidas pelo governo em vários pontos do país.
Houve protestos em Brasília, Rio, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e diversas outras capitais. O fim da aposentadoria por tempo de serviço foi o grande mote do protesto.
Em São Paulo, o ato da CUT atraiu poucos manifestantes à praça da Sé, em São Paulo. Segundo avaliação da PM, havia cerca de 300 pessoas no local quando o presidente da entidade, Vicente Paulo da Silva, discursou.
Vicentinho comparou o presidente Fernando Henrique Cardoso ao ex-presidente Fernando Collor. "Tudo isso está acontecendo porque o presidente não é inteligente. Ao invés de reconhecer que temos temor de perder nossos direitos, ele age como o Fernando Collor".
O presidente da CUT discursou às 18h40. Por volta das 16h, o ato chegou a ter mais pessoas em razão da chegada de uma passeata de professores municipais que saiu da Câmara dos Vereadores.
Na opinião de Vicentinho, a arrogância seria o ponto de semelhança entre FHC e Collor. "Não é possível que um professor universitário vá para a televisão falar em nhenhenhém", disse. O sindicalista se referia à forma como FHC já designou a fala de seus adversários. Neste momento, segundo a PM, aproximadamente 1.200 pessoas estavam na manifestação. De acordo com os organizadores do ato, o número chegou a 5.000.
Vicentinho tentou minimizar a importância do reduzido número de pessoas: "Aqui tem pouca gente, mas em Brasília tem 20 mil".
No Rio, o protesto se concentrou na avenida Rio Branco e na Candelária (centro).
Às 18h, o capitão Jacovaso Neto, do 5º Batalhão da Polícia, calculou em 500 o número de manifestantes. Os organizadores falavam em 5.000.

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