São Paulo, quinta-feira, 6 de abril de 1995
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Câmbio e boatos fazem Bolsas oscilarem

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O índice da Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 1,76%, seguido por valorização de 1,5% no indicador Senn (Rio).
O mercado acionário se animou com os boatos de que o governo estuda eliminar a cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) na entrada de dinheiro estrangeiro no país.
O Banco Central negou, ao final da tarde, que estivesse estudando a retirada do IOF sobre as operações de investidores estrangeiros.
O índice da Bolsa paulista também está instável por causa da proximidade do vencimento do mercado de opções (contratos que dão direito à compra ou à venda de papéis a preços previamente fixados).
Os dirigentes bancários não chegaram a comemorar o saldo positivo no mercado global de câmbio no dia 3 de abril.
O saldo total de contratos de câmbio financeiro (entradas e saídas de dólares) e comercial (exportações menos importações) voltou a ser negativo em US$ 99,33 milhões no dia 4, segundo dados do Banco Central.
O índice da Bolsa paulista chegou a cair 1,67% no período da manhã, refletindo a intranquilidade com a volta dos resultados negativos no mercado cambial. As saídas financeiras continuam elevadas.
O superávit (saldo positivo) no câmbio comercial (exportações menos importações) foi insuficiente no dia 4 para cobrir o déficit (resultado negativo) no segmento financeiro.
Segundo operadores, as empresas exportadoras voltaram a fechar câmbio em ritmo acelerado no período da tarde de ontem e as cotações do dólar comercial caíram de R$ 0,897 na véspera para R$ 0,895 ontem.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,186%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 7,35% ao mês, projetando 4,25% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 7,41% ao mês, projetando 4,28% no mês.
As cadernetas que vencem hoje rendem 3,0943%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 41% e 71% ao ano. CDBs pós-fixados de 153 dias: 14,4% a 14,6% ao ano mais TR.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 8,76% ao mês, projetando rentabilidade de 5,08% no mês. Para 30 dias (capital de giro): de 88% a 145% ao ano.

No exterior
Prime rate: 9%. Libor: 6,38%

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 1,76%, fechando com 31.803 pontos e volume financeiro de R$ 255,9 milhões. Rio: valorização de 1,5%, encerrando a 14.497 pontos e movimentando R$ 12,77 milhões.

Bolsas no exterior
Em Londres, o índice Financial Times encerrou a 2.444,50 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou a 15.882,49 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,893 (compra) e R$ 0,895 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,899 (compra) e R$ 0,901 (venda). "Black": R$ 0,890 (compra) e R$ 0,900 (venda). "Black" cabo: R$ 0,900 (compra) e R$ 0,905 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,870 (compra) e R$ 0,910 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,35%, fechando a R$ 11,38 o grama na BM&F.

Câmbio contratado
O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) neste mês até o dia 4 é positivo em US$ 217,72 milhões. As saídas financeiras superam as entradas de dólares em US$ 280,84 milhões. O saldo total (comercial e financeiro) está negativo no mesmo período em US$ 63,12 milhões.

No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra foi cotada a US$ 1,6035. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,3855 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 86,33 ienes. Em Nova York a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 394,70.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para abril fechou a 4,30% e para maio a 4,67% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para abril ficou a 32.700 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para abril fechou a R$ 0,916 e a R$ 0,945 para maio.

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