São Paulo, quinta-feira, 6 de abril de 1995
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México sofre perda de 23,7%

FLAVIO CASTELLOTTI
DA CIDADE DO MÉXICO

As reservas internacionais mexicanas caíram 23,7% em março. No último dia do mês estavam em US$ 6,85 bilhões, contra US$ 8,98 bilhões em 28 de fevereiro.
O governo teve que utilizar parte de suas reservas para saldar seus compromissos com o setor externo, pois o ingresso de divisas não foi suficiente.
Segundo o presidente do Banco do México, Miguel Mancera, o país recebeu US$ 12,96 bilhões de empréstimos no primeiro trimestre (US$ 7,72 bilhões do FMI -Fundo Monetário Internacional- e US$ 5,24 bilhões dos EUA).
No mesmo período, gastou US$ 6 bilhões com pagamentos de títulos a investidores estrangeiros, US$ 3 bilhões para saldar a dívida pública, US$ 4 bilhões com passivos a bancos e US$ 1,7 bilhão com passivos a empresas, o que dá um total de US$ 14,7 bilhões.
Mancera reconheceu que sem os recursos do exterior o saldo da balança de pagamentos teria sido "extremamente negativo" no primeiro trimestre.
Em Jerusalém (Israel), o ministro da Fazenda mexicano, Guillermo Ortiz, anunciou que recorrerá novamente a bancos privados estrangeiros para atenuar os problemas de liquidez dos bancos mexicanos.
Ortiz, que está em Jerusalém para a assembléia anual do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), não quis especificar o montante do novo empréstimo, mas disse que será em torno de US$ 1,5 bilhão.
Em discurso na assembléia ontem, o subsecretário do Tesouro dos EUA, Lawrence Summers, condicionou a ajuda financeira ao governo mexicano. Ele disse que novos empréstimos só sairão "caso o México continue seguindo uma política econômica acertada".
Summers ressaltou a necessidade de maior vigilância sobre economias na América Latina.

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