São Paulo, quinta-feira, 6 de abril de 1995
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Escolas são ponto de encontro

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL

As diferenças estruturais entre Unicamp, ECA e EAD explicam as peculiaridades dos grupos vindos dessas escolas.
Preocupada com a formação prática e teórica de atores, a Unicamp se caracteriza pela militância dos professores como diretores dos alunos.
O melhor exemplo é o professor Márcio Aurélio. Ele formou com alunos da primeira turma o grupo Razões Inversas, que encenou "Ricardo 2º" e "A Bilha Quebrada".
Márcio faz da companhia objeto de sua tese de doutorado. "Adoro trabalhar com alunos. Seu processo de descoberta é a coisa mais genial", diz.
"Não queríamos nos estabelecer em São Paulo. Isso desincentivaria a união do grupo", diz a diretora Miriam Fortuna.
Mais pluralista e teórica, a ECA forma, além de atores, diretores, cenógrafos e dramaturgos. Com deficiências na lado prático, segundo os alunos, ela tem formado mais diretores.
Alunos da ECA procuram a EAD para suprir o lado prático. Mais voltada para o mercado, a escola revelou estrelas globais como Marisa Orth, Edson Celulari e Viviane Pasmanter.
Montagens como "As Favoritas do Rádio" (do grupo Casca de Arroz), em cartaz atualmente, mostram a tendência à formação prática de atores.
Nessa linha surgiu na PUC um núcleo de teatro com curso de formação de atores. Daí saiu o grupo Trupitê, que estréia no dia 8 "Do Jeito que você Gosta", de Shakespeare.(PAS)

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