São Paulo, quinta-feira, 6 de abril de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Distâncias são curtas em todos os passeios

MARIA ERCILIA

Topografia acidentada não impede passeios a pé
Da enviada especial a San Francisco (EUA)
O que torna San Francisco uma cidade tão charmosa é sua combinação única de fatores culturais e geográficos. Tudo é perto, praticamente todos os lugares são bonitos e em poucos minutos se vai do bairro hippie ao gay, de Chinatown ao bairro italiano.
Comecemos pelo South of Market (SoMa): a nova atração desse bairro cheio de armazéns e depósitos, e que começa a se tornar um centro cultural da cidade, é o Museu de Arte Moderna (leia reportagem na pág. 6-4).
Na Union Square não tem muito o que ver, além das lojas de departamentos como Sak's e Macy's. Fica pertinho, porém, o Chinatown Gate, entrada da Chinatown de San Francisco. Vale a pena passear à toa por algumas horas. Uma parada simpática é o Chinese Cultural Center (no Holiday Inn), que sempre tem alguma pequena exposição sobre a China.
Em North Beach, reduto dos italianos, o cenário muda completamente. Destaque para a City Lights, livraria histórica do movimento beat. Em frente fica o Cafe Tosca, que conta com Coppola entre seus fregueses.
De North Beach você pode pegar a Lombard Street, a rua mais torta de San Francisco, e possivelmente do mundo inteiro. De lá tem-se uma bela vista da baía.
A próxima atração é Telegraph Hill, encimada pela Coit Tower. Pausa para fotografar a baía. Para ver o bairro residencial mais bonito, vá até Pacific Heights.
Golden Gate
Golden Gate Park vale a pena: é enorme e lindo, um milagre humano que transformou um solo arenoso e árido numa exuberância verde. Altamente recomendado: o Asian Art Museum, dentro do parque, e a maior coleção de peças asiáticas fora daquele continente.
No bairro hispânico de Mission, chegamos à parte boêmia de San Francisco. Na Mission Street, visite a Galeria de la Raza e o Studio 24 Galeria, dedicado a peças ligadas ao Dia dos Mortos mexicano.
Continuando no pique alternativo, siga para o Castro, o famoso bairro gay. Ninguém sabe por que a cidade se tornou a capital dos gays e lésbicas (estima-se que eles componham uma população de 100 mil a 250 mil pessoas). De qualquer forma, o Castro é um lugar único no mundo. Entre seus highlights está o Castro Theatre, que abriga o Gay and Lesbian Film Festival.
Você pode também ver o impressionante Names Project (2.362 Market Street), uma espécie de colcha gigante com mais de 25 mil nomes de mortos de Aids.
No mais, é dar uma volta pelas ruas do bairro, observar as tais bandeirinhas de arco-íris que significam "gay" e as boates que já dão sinais de atividade logo de manhã...

Texto Anterior: Pacotes exclusivos para a cidade são raros
Próximo Texto: Arte moderna tem novo espaço na cidade
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.