São Paulo, sexta-feira, 7 de abril de 1995
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Saúde negocia mas deve parar

DA REPORTAGEM LOCAL

Um encontro entre sindicalistas e o secretário da Saúde, José da Silva Guedes, marcado para hoje à tarde, deve definir a paralisação dos hospitais e postos de saúde a partir desta segunda-feira.
A greve foi decidida ainda no dia 15 de março. De lá para cá, o governo não apresentou outras propostas. Até ontem à noite, os dirigentes do Sindsaúde -sindicato que reúne os servidores estaduais da saúde- ainda tinham esperança de que o governo acenasse com alguma oferta.
Entre os diretores, a greve era vista apenas como um último recurso. "O importante é que o governo mostre que está disposto a recuperar os salários da categoria", disse Duvanier Ferreira, vice-presidente do sindicato.
Na esperança de um acordo, os sindicalistas apresentaram uma "proposta de emergência", limitando as reivindicações imediatas a um piso de três salários mínimos para os que ganham menos. Os outros -de nível técnico e superior- concordariam com um aumento ainda a ser definidos.
"Não precisamos fixar números", disse Ferreira. "O importante é que o governo considere nossas propostas." A proposta inicial é a recuperação das perdas dos últimos três anos, avaliadas entre 133% e 197%.
O Estado vem oferecendo uma gratificação que varia de R$ 21,00 a R$ 52,00.
O secretário-adjunto, Luiz Roberto Barradas Barata, disse que esta proposta significa 30% para seis categorias que ganham menos. E 15% para as demais: "Mas o sindicato quer que todos tenham o mesmo percentual de 30%".
Segundo ele, o governo poderia fazer concessões quanto à definição de uma data-base e em relação a aumentos nos vales-refeição. "Não acredito que possamos oferecer mais em termos de salário.", disse Barradas.
Segundo o Sindsaúde, o governo do Estado vem investindo cada vez menos em saaúde.
A greve marcada para segunda-feira deve afetar todos os serviços de saúde do Estado, menos os de urgência, emergência, e o atendimentoo a pacientes internados em tratamento.

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