São Paulo, sábado, 8 de abril de 1995 |
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Jaguaribe sugere um plebiscito para reforma
NELSON BLECHER
Segundo ele, apesar de ter um projeto "correto" e um "bom" ministério, o novo governo "teve um início nada brilhante". "O poder público tem pecado por atuar no varejo, o que prejudica a cidadania", disse Jaguaribe, que participou anteontem do seminário "Transformando Organizações", promovido pela IBM no Rio de Janeiro. Filiado ao PSDB, ele disse que o governo contaria com apoio de 90% da população se apresentasse de forma transparente as reformas "absolutamente necessárias" que tenciona implantar. Por razões táticas e por temer uma coligação de opositores, prossegue, FHC acha que pode negociar melhor as reformas aos poucos. "Isso dificulta uma compreensão racional da propostas". "Se fossem apresentadas em conjunto, seria mais fácil mobilizar a opinião pública para um movimento nacional pró-reformas." Se conseguir um alto grau de mobilização popular, disse ele, o governo poderá colocar o Congresso diante do dilema de aprovar as reformas ou vê-las aprovadas por plebiscito. "Hoje passa a impressão de que a oposição é superior à que realmente existe", disse o cientista político à Folha. Trata-se, para ele, de uma deficiência estratégica. Para ele, o governo não pode deixar que o ano acabe sem ter aprovadas as reformas essenciais. O jornalista NELSON BLECHER viajou a convite do Centro de Estudos Executivos IBM-Gávea. Texto Anterior: Sarney também teve ônibus apedrejado Próximo Texto: Oposição é um dos problemas Índice |
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