São Paulo, sábado, 8 de abril de 1995 |
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Governo preferiu ignorar pressões Articulação tem 6 meses, diz ruralista LUCIO VAZ
Marquezelli afirma que enviou cinco faxes ao Palácio do Planalto pedindo audiência, mas que não recebeu nem resposta. O líder do governo no Congresso, deputado Germano Rigotto (PMDB-RS), também teria se recusado a negociar. Abaixo, os principais trechos da entrevista. Folha - O efeito da derrubada do veto é retroativo à data da aprovação da lei? Nelson Marquezelli - É retroativo a 27 de maio. Por quê? Porque o Congresso aprovou o artigo 16, parágrafo 2º. O presidente vetou. Nós derrubamos o veto. Neste período todo, muita gente tomou empréstimo baseado na lei. Quem bancaria o rombo? Marquezelli - Os bancos. Eles vão ganhar menos. Eles ganham TR e mais juros de 25%. Deus do céu! O que é isso? País nenhum do mundo, com moeda forte tem isso. Folha - A Frente Parlamentar Agrícola tem quantos membros hoje? Marquezelli - Temos em torno de 140 deputado. Mas temos uma projeção para 200. Folha - A derrubada do veto exigiu algum tempo de articulação? Marquezelli - Foram seis meses de trabalho. Organizamos os grupos, os coordenadores de partido, coordenadores por Estado. Organizamos a disputa para cargos de liderança de partido. Conquistamos seis. São todos grandes agricultores. Quando o Itamar baixou o veto, eu comecei a organizar a Frente Parlamentar. Folha - Houve negociação com o Palácio? Marquezelli - Mandei cinco faxes pedindo reunião. Nem resposta deram. Folha - E o líder do governo? Marquezelli - Nem resposta deu. Mandei fax para o seu Francisco Grazziano, chefe do gabinete do presidente. Ninguém acreditava que íamos derrubar. (LV) Texto Anterior: Núcleo da frente vem da UDR Próximo Texto: Tucano vê ação de 'malandros' Índice |
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