São Paulo, sábado, 8 de abril de 1995
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Impasse faz TRT julgar greve da GM

DA FOLHA ABCD

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) vai julgar a greve dos trabalhadores da General Motors de São Caetano. A data do julgamento ainda não foi definida.
Ontem não houve acordo entre os funcionários e diretores da empresa na segunda audiência de conciliação. O juiz Rubens Tavares Aidar ofereceu aos trabalhadores um aumento real de 7,78%, a mesma proposta da GM, mais a garantia de que ninguém será demitido, mas a proposta foi rejeitada.
Os trabalhadores querem um aumento real de 20%,além do IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor em Real), que é de 27,11%.'
O IPC-r é o índice oficial para reposição de perdas salariais ocorridas após a implantação do real.
Caso a greve seja considerada abusiva, os trabalhadores estão sujeitos a penalidades como multas e demissão por justa causa.

Sexto dia
A greve na GM de São Caetano entra hoje em seu sexto dia. Desde o início da greve, cerca de 2.000 carros deixaram de ser produzidos, de acordo com a empresa.
Cerca de 9.500 trabalhadores horistas estão parados. Nenhum carro foi montado nos três últimos dias.
Abril é o mês de data-base da categoria e os metalúrgicos da GM têm garantido o repasse do IPC-r.
Ao contrário dos trabalhadores da Ford e da Volkswagen, de São Bernardo, os metalúrgicos de São Caetano não tiveram antecipação do repasse em novembro.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, que representa os trabalhadores da GM, é filiado à Força Sindical.

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