São Paulo, sábado, 8 de abril de 1995 |
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Presidente elogia a Paixão
JOÃO BATISTA NATALI; WILLIAM FRANÇA
"É um espetáculo que se desloca o tempo todo, é, como se diria antigamente, peripatético (termo filosófico que significa "que se ensina passeando"). É um espetáculo muito interessante, muito forte e que consegue guardar a analogia entre o agreste nordestino e a região do mundo onde a Paixão realmente ocorreu", disse. Durante a encenação, no momento do julgamento de Cristo com Pilatos em cena, o presidente Fernando Henrique Cardoso disse que brincou com o governador de Pernambuco, Miguel Arraes. Segundo FHC, ele comentou: "Ainda bem que se trata de governador (Pilatos era o governador romano na Palestina), e não de presidentes". Um repórter perguntou se FHC se sentia crucificado, como Cristo, pelas manifestações da oposição. O presidente disse que não e que a comparação não fazia sentido. Ele embarcou em um helicóptero às 22h50 para Recife e deveria chegar a Brasília à 1h. Na ceia, em Nova Jerusalém, eles apenas provou a buchada de bode. Espetáculo O espetáculo é uma superprodução com muitas cores e recursos técnicos como tiros de raio laser, fogos de artifício e uma iluminação típica de show de rock. O espetáculo se desenrola em nove cenas, em nove locais diferentes, dentro de um parque com 70 mil metros quadrados no município Brejo da Madre de Deus, a 170 km a oeste de Recife. Nova Jerusalém é uma reprodução da cidade do Oriente Médio. Desde 1968, durante a Semana Santa, um grupo de atores representa os momentos finais de Cristo numa montagem cada vez mais enriquecida e que se tornou atração turística do Nordeste. FHC estava acompanhado de Arraes, do vice-presidente, Marco Maciel, e do líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE). (João Batista Natali e William França) Texto Anterior: Segurança não previu incidente Próximo Texto: Contrato antigo será mantido Índice |
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