São Paulo, domingo, 9 de abril de 1995
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Cinderela 2, a revanche

SÉRGIO DÁVILA.

Perto dela, o extinto programa "Boa Noite, Cinderela" parece documentário. Gianne Albertoni Vicente, 13, moradora da periferia de São Paulo, passeava de bicicleta pelo parque Ibirapuera. Foi "descoberta" por um fotógrafo. Corta. Um ano depois, a menina de olhos azuis, 1,79 m, esguia e loira, de olhos azuis, já desfilou em Milão, ao lado de Claudia Schiffer e Naomi Campbell, para as marcas Armani, Versace e Fiorucci. Foi capa da "Cosmopolitan" alemã.
Parte esta semana para os Estados Unidos, onde faz a campanha da grife Versus, fotografada por Bruce Weber. O mesmo Weber (conhecido por suas fotos de nus) a clica em roupas da dupla de estilistas italianos Dolce & Gabbana. Será capa de "Vogue America", estará no catálogo de Calvin Klein. "É o começo", comemora Lica Kohlrausch, dona da agência L'Equipe. "É um sonho", faz coro a modelo. O mercado brasileiro a "gelou" por seis meses. "Ela precisou fazer sucesso no exterior primeiro", diz Lica. "Ninguém me dava bola", confirma Gianne. Ela continua morando no Jardim Selma, com o irmão e os pais. O dinheiro que ganha, a mãe, Maria Teresa, guarda na poupança. "Vou comprar um carrinho para minha mãe, meu mano e meu pai", diz. Ela não gosta de seus pés ("calço 40") e não pensa em namorar ("sou muito novinha"). Quer continuar estudando no Mater Amabilis, que o Edmundo continue no Palmeiras e aprender italiano até outubro, quando volta a desfilar em Milão. "Só sei falar 'ciao', 'prego', 'come stai"', diz.
"E 'grazie'."-S.D.

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