São Paulo, segunda-feira, 10 de abril de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Estudo compara Folha aos jornais norte-americanos 'NYT' e 'Post'
FERNANDO CANZIAN <PW:POPUP,2,0.5>SELMA<UN->
Com o título "Falando para si próprios" ("Talking to themselves"), o estudo foi escrito por Craufurd Goodwin, da Duke University, e por Michael Nacht, da Maryland University. São objeto de análise as imprensas argentina, brasileira, chilena e mexicana. No capítulo sobre o Brasil, a mídia do país é classificada como "a mais forte na América Latina". O estudo cita tentativas do poder público de influenciar a mídia brasileira. Isso inclui "distribuição de anúncios oficiais, contratos para impressão de documentos oficiais e de listas telefônicas". "Apesar disso, a mídia brasileira tem conseguido manter um grau maior de autonomia do que ocorre, por exemplo, no México, onde são utilizados esquemas similares", afirma o relatório. O Collorgate, que culminou com o impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992, é citado como um caso exemplar de atuação da imprensa no Brasil. "Mas é preciso lembrar que a mídia sabia muito e dizia nada por ter medo, até que o jornal de prestígio 'Folha de S. Paulo' quebrou o silêncio e tornou mais seguro para que outros falassem". O estudo também afirma que falta ao Brasil um maior número de repórteres especializados em investigações de grandes temas. "O número de vezes que as pessoas mencionaram um nome -Gilberto Dimenstein, da 'Folha de S.Paulo'- como o paradigma do que um repórter brasileiro responsável deva ser, sugere o quão raro é esse tipo de profissional". Para os autores, os repórteres brasileiros de televisão raramente colocam seus entrevistados "contra a parede". Também constataram que, frequentemente, "os repórteres se aproximam demais das suas fontes". O Brasil é dos quatro países visitados por Goodwin e Nacht, o local onde os profissionais de imprensa mais se interessam em especialização. "A 'Folha de S.Paulo' particularmente se moveu nessa direção e promove seminários para o seu staff". IIE O Instituto de Educação Internacional ("Institute of International Education", ou IIE) foi fundado em 1919 e é a maior e mais ativa organização sem fins lucrativos na área de programas de intercâmbio educacionais para o exterior nos Estados Unidos. O IIE administra programas de educação e treinamento, inclusive as bolsas de estudo de graduação da Fundação Fulbright. (FCz) Texto Anterior: Metalúrgicos aprovam reajuste de 19% Próximo Texto: Estado quer lei de privatização Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |