São Paulo, segunda-feira, 10 de abril de 1995 |
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Debates reafirmam necessidade de união entre universidade e empresa
PAULO FERNANDO SILVESTRE JR.
A forma como seria realizada essa união não seguiu, entretanto, um modelo único entre os convidados ou entre a mesa e a platéia. Entre as opções, foram citadas os incentivos fiscais existentes e até mesmo o trabalho em tempo integral de um pesquisador universitário dentro da empresa. Segundo o empresário Emerson Kapaz, secretário estadual de Ciência e Tecnologia de São Paulo, quem tem que realizar os investimentos nessa área hoje é a iniciativa privada. Para José Fernando Perez, diretor-científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), "o pesquisador dentro da universidade tem dificuldade para se comunicar com a empresa, justificando a existência de consultores em empresas. Isaías Raw, diretor do Instituto Butantan, foi mais longe: "universidade e empresa não falam a mesma língua, disse. O investimento em ciência básica e ensino científico também foram lembrados, como forma de aumentar a o número de pesquisadores, atraindo jovens talentos. Rogério Cézar de Cerqueira Leite, professor emérito da Unicamp e membro do Conselho Editorial da Folha, criticou o apoio do governo brasileiro à pesquisa. Baseado em cálculos sobre as porcentagens divulgadas pelo governo, ele concluiu que "não tem US$ 2 bilhões andando por aí. Se olhar bem, tem uns US$ 600 milhões, com boa vontade. No debate que abordou a questão sobre políticas científicas nacionais, na véspera, a integração entre universidade e iniciativa privada também foi um dos pontos destacados. Texto Anterior: Supericeberg encalha sem sair da Antártida Índice |
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