São Paulo, segunda-feira, 10 de abril de 1995
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Frangosul conquista Superliga de vôlei

SÉRGIO KRASELIS
DA REPORTAGEM LOCAL

A Frangosul/Ginástica (RS) é a campeã da primeira edição da Superliga Nacional Masculina de Vôlei, temporada 94/95.
O time de Novo Hamburgo (região metropolitana de Porto Alegre) ficou com o título brasileiro, inédito na história do clube, ao derrotar anteontem à noite o Report/Suzano por 3 sets a 0 (15/11, 15/10 e 15/10) em 120 minutos.
O jogo aconteceu em Suzano (35 km a leste de São Paulo).
Foi a terceira vitória da equipe gaúcha no playoff final (melhor de cinco jogos) da competição.
No primeiro jogo, o time comandado pelo técnico Jorge Schmidt, 38, bateu os liderados de Ricardo Navajas, 37, por 3 a 1.
No segundo, venceu de virada em Novo Hamburgo por 3 a 2.
A vitória no último sábado impediu que o time paulista conquistasse o tricampeonato brasileiro.
Sem conter as lágrimas, o técnico Schmidt reconheceu que não esperava bater o Suzano em três partidas seguidas.
"Trabalhamos muito por esse título e fizemos por merecer. Mas acredito que nosso adversário caiu um pouco de rendimento. Mesmo assim, a final reuniu os dois melhores times do Brasil."
O atacante Carlão, 29, foi o mais festejado pelos jogadores do time gaúcho.
Conhecido por sua garra, Carlão disputou o primeiro e segundo sets sentindo o tornozelo direito, após uma queda sofrida no primeiro set.
Apesar de estar mancando muito, Carlão continuou na quadra, saindo da equipe logo no início do set decisivo.
Sem condições de terminar o jogo, o capitão do time e da seleção brasileira acabou assistindo à vitória do banco de reservas.
"Queria seguir no jogo até o fim, mas não foi possível. Mesmo assim, consegui realizar meu sonho desde que voltei, que era conquistar o título brasileiro."
Carlão foi o único entre os cinco titulares da seleção brasileira que voltaram da Itália a permanecer na disputa da Superliga.
As equipes de Giovane, Tande, Maurício e Marcelo Negrão foram eliminadas durante o torneio.
Carlão disse que agora pretende descansar alguns dias antes de se apresentar ao técnico José Roberto Guimarães, da seleção brasileira, para a disputa da Liga Mundial, que começa em maio próximo.
O levantador Paulo Roese, 32, o mais velho do time gaúcho, atribuiu ao trabalho e esforço do grupo a conquista do título.
"Para muitos, era impossível vencer o Suzano. Provamos que não existe time imbatível."

O Leite Moça saiu na frente no playoff final (melhor de cinco jogos) da Superliga Feminina. Anteontem, o time de Sorocaba bateu o BCN/Guarujá por 3 sets a 0 (15/6, 15/10 e 15/9). As duas equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, às 20h30, em Sorocaba

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