São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 1995
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Governo tenta coordenar seus 15 líderes

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu manter, a conselho dos aliados políticos, a atual estrutura de relacionamento com o Congresso, representada por nada menos que 15 líderes.
Este colégio é integrado pelos líderes dos seis partidos que apóiam formalmente o governo na Câmara e no Senado (PMDB, PFL, PSDB, PTB, PL e PP) e mais os três líderes indicados por FHC -um para cada uma das Casas, e um terceiro no Congresso.
Para combater a falta de entrosamento entre os principais interlocutores do governo no Congresso, a solução acertada ontem foi promover reuniões semanais entre os líderes, todas as terças-feiras.
"A base de sustentação do governo é muito ampla e muito dividida", avalia o líder do governo no Congresso, Germano Rigotto (PMDB-RS). "Ou nos reunimos e discutimos muito ou viveremos sempre em sobressaltos", disse.
"Com essas reuniões resolveremos o problema", aposta o líder no Senado, Élcio Álvares (PFL-ES). Ele disse que a análise da pauta de votações e a discussão prévia dos projetos vão evitar novas derrotas para o governo.
"Temos que harmonizar esta confusão", disse o líder na Câmara, Luiz Carlos Santos (PMDB-SP).
Em maio, prevê o líder, o governo vai passar pelo grande teste de sua base parlamentar.
Estão previstas as votações das primeiras propostas de emendas constitucionais no plenário da Câmara, abrindo a economia ao capital privado e estrangeiro.
Antes disso, o governo vai precisar logo pôr em prática o apoio da base governista para evitar que o salário mínimo seja reajustado para R$ 100 sem que o Congresso aprove junto medidas que aumentem a arrecadação da Previdência.
Os líderes foram encarregados que apontar com antecedência todas as votações que possam criar embaraços ao Plano Real.
Além de várias medidas provisórias, o projeto que mais preocupa os governistas é o que regulamenta o limite de 12% ao ano para a cobrança de juros.
"Precisamos evitar a votação emocional dos 12%", alerta Rigotto. O projeto já foi aprovado pelo Senado/

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