São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 1995
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Aumentou a média de gols no Paulistão

MATINAS SUZUKI JR.
EDITOR-EXECUTIVO

Meus amigos, meus inimigos, a boa notícia: o Paulistão fecha o primeiro turno com a maior média de gols das últimas temporadas: 2,72 gols por partida.
A média, que já vinha crescendo nos últimos campeonatos (subiu de 2,30 para 2,60 em 1993 e 2,60 para 2,65 em 1994), subiu mais ainda.
Somente ao final do Paulistão poderemos ter uma análise definitiva, mas, na prévia, os três pontos por vitória parece que estão emplacando no placar.

Nos outros indicadores, medidos preciosamente pelo Datafolha, o Paulistão não está nem melhor nem pior do que a média dos últimos anos.
O tempo de bola em jogo (50min34s) está bastante inferior à média obtida no Paulista de 1993: 54min28s.
Também é inferior ao do último Campeonato Brasileiro, com o seus 52min50s. Mas é superior ao Paulistão do ano passado, com o seu baixo índice de 49min52s em média de tempo por jogo.
(Um dos fatores a ser investigado é o tempo técnico: será que os árbitros estão dando o desconto correto em todas as ocasiões que uma partida parou para dar o tempo pedido por uma equipe?).

No quesito eficiência nos passes a coisa também vai mais ou menos (é bom lembrar que o primeiro turno é aquele em que as equipes estão sendo construídas, portanto estão mais desentrosadas).
O índice de eficiência de 78% deste primeiro turno é idêntico ao do último Brasileiro e superior ao de 94 (76%). Mas inferior ao índice de 1993, com 79% de eficiência nos passes.

Entre os jogadores atacantes, o destaque é para a centopéia chamada Rivaldo.
Ele disputa a artilharia do Palmeiras com o Edmundo, com oito gols cada um (os dois estão em quarto lugar, na artilharia geral do campeonato).
O Rivaldo é o segundo do campeonato no item assistência (cinco, até agora, atrás do Esquerdinha, do Juventus, com seis) e o quinto no número de finalizações: chuta a gol 3,5 vezes por jogo.
As estatísticas do Datafolha confirmam a excelente fase do atacante.

Os outros atacantes que se destacaram nos números foram:
A) Marcelinho, do Corinthians (6 gols, maior índice de finalização, 6,2, e segundo em assistência, 5);
B) Juninho, do São Paulo (dois gols apenas, mas o segundo mais acionado -43,8 bolas recebidas por jogo- e também segundo lugar em assistência);
C) Djalminha, do Guarani (4 gols, o jogador mais acionado -44 bolas recebidas por jogo-, o segundo em finalizações -média de cinco por jogo).
Rivaldo, Marcelinho, Juninho e Djalminha: eis aí quatro jogadores jovens que atuam não apenas para consagrar os respectivos talentos inatos, mas também para o sucesso do time.

Agrada-me muito a conquista do primeiro turno pela Portuguesa, do Jorge "'Barão de Mauá" Caldeira. É um time, do ponto de vista da aplicação tática, exemplar. Fica bem, fica bem.

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