São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 1995
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Companhia Siderúrgica Nacional vai reajustar aço

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Silvio Coutinho, disse que a empresa "vai partir para o reajuste de preço".
Ele diz que desde o Plano Real os custos da empresa subiram 26% e os preços do produto final -o aço- são o mesmo desde a implantação da URV (Unidade Real de Valor), em março de 1994.
Coutinho diz que este aumento será negociado. "Estamos abrindo um canal" para este fim com o secretário de Acompanhamento e Preços, José Milton Dallari.
O "canal" foi a participação do diretor comercial da empresa, Eduardo Prado, na reunião de representantes do setor do aço, anteontem, em Brasília, com Dallari.
Entre os custos que a empresa alega terem aumentado estão o pagamento de salários e do pessoal contratado por tempo determinado, a matéria-prima utilizada na fabricação do aço e o transporte rodoviário dos produtos.
Coutinho informou que a empresa não vai propor reajuste linear para todos os produtos. "Temos que analisar as planilhas de custo" para ver a necessidade de aumento de cada produto.
No momento que o imposto de importação de automóveis está em 70% e que a indústria automobilística pressiona por aumento de preços, a CSN, que produz aços planos para automóveis, acena com a possibilidade de aumentar as exportações em detrimento do mercado interno.
Esta decisão diminuiria a oferta de aço para a indústria automobilística, que poderia ser obrigado a diminuir sua produção de automóveis.
"Tem um momento que a corda arrebenta", disse Coutinho. E, para ele, "a prioridade pode passar a ser o mercado externo".

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