São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 1995
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Revendedores querem adiamento de reajuste

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os revendedores de veículos são contra o reajuste do preço dos carros nacionais. Eles querem que as montadoras deixem o aumento para "um momento mais oportuno". A afirmação é de Sérgio Reze, presidente da Fenabrave, a entidade que representa os distribuidores de veículos. Segundo ele, se o repasse for inevitável, "as fábricas deveriam, pelo menos, estabelecer um reajuste parcelado".
Reze teme que a elevação dos preços agora provoque "uma reação negativa do consumidor" e uma queda do mercado.
As montadoras afirmam que a pressão de custos provocada pelo aumento dos salários e dos preços das autopeças não poderá ser suportada por muito tempo. Segundo concessionários, um reajuste entre 6% e 8% deve ser anunciado no início do mês que vem.
Para Reze, as fábricas têm condições de absorver parte desses custos e adiar o reajuste
Importados
Em relação aos carros importados, Reze afirmou que o aumento da alíquota do Imposto de Importação começa a ser absorvido pelo mercado. Segundo ele, as previsões de 35% de aumento no preço do carro importado não vão se confirmar. "A decisão da Fiat de aumentar o preço do Tipo em 8,7% e a da GM, que reajustou o Astra em 10%, vão servir de referência para os demais importadores", explica.
A Fenabrave divulgou o desempenho das vendas de veículos no varejo em março. Os concessionários venderam 162.858 automóveis e comerciais leves no mês passado, 31,78% a mais do que em fevereiro. De janeiro a março foram comercializados 386.186 unidades, 35,68% a mais do que o mesmo período do ano passado.

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