São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 1995
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Manguezais são inexplorados

LUIZ EDUARDO MANTOVANI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Enquanto a parte oriental de Itaparica é conhecida por suas praias voltadas para o oceano e para o interior da baía de Todos os Santos, a costa ocidental ladeada de baixios (bancos de areia) e mangues permanece pouco explorada.
Muitos sítios -alguns somente acessíveis por barco- perfazem um cenário de beleza diversa.
Mais de mil hectares de manguezais distribuídos em 17 áreas principais constituem -ao lado dos complexos estuarino-lagunares de Camamu (BA) e de Cananéia/Iguape (SP)-, um dos mais vastos sistemas de zonas úmidas costeiras do litoral leste brasileiro.
Enseadas, remansos, gamboas e ilhotas ponteiam o percurso dos barcos que visitam a região.
Em termos geológicos, a ilha constitui um bloco relativamente soerguido da bacia sedimentar do Recôncavo, conhecida por suas reservas de petróleo que se prolongam pela plataforma continental do Atlântico.
O brilho do azul do céu e a transparência do mar já chamaram a atenção dos primeiros colonizadores, conforme consta do "Tratado Descritivo do Brasil em 1563", de Gabriel de Sousa.
A quantidade de chuva é elevada, sobretudo no norte da ilha, onde ultrapassa a marca dos 2.400 mm anuais, o que pode surpreender o turista desavisado. Chove mais entre abril e junho.
Por se tratar de zona pouco habitada, a parte interna da ilha escapa da poluição e dos detritos vindos de Salvador, que atingem as praias do lado marítimo.
É necessário preservar essa região que abriga uma fauna variada e serve de local de desova para várias espécies de peixes e crustáceos.

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