São Paulo, quinta-feira, 13 de abril de 1995
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Mar é manso e há paz por todos os lados

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

À procura de tranquilidade e da "água fina que transforma velha em menina" -uma água mineral que fez a fama de Itaparica-, milhares de turistas visitam todos os anos a ilha, localizada na baía de Todos os Santos (BA), no lado oposto a Salvador.
Dividida em dois municípios -Itaparica e Vera Cruz-, Itaparica é a maior ilha da baía de Todos os Santos.
Com acesso facilitado pelo sistema de "ferryboat" (balsas que carregam pedestres e veículos), Itaparica oferece aos visitantes 240 km2 de praias, lazer e repouso.
Quase todas as praias situadas entre a cidade de Itaparica e o povoado de Cacha-Prego (pontos extremos da ilha) oferecem ótimas condições de segurança para o banho de mar.
A maioria tem arrecifes, o que reduz a força das ondas. Eles também são viveiros de polvos e lagostas.
Entre as praias mais frequentadas estão Ponta de Areia, Amoreira, Gameleira, Barra Grande e Conceição. O visitante adepto da pesca pode fisgar vermelhos ou robalos a bordo de um barco.
Também é muito difundida na ilha a pesca de rede. Os turistas jogam a rede ao mar e voltam depois para recolher os peixes.
A ilha também tem o requinte de uma moderna sociedade urbana. Entre Conceição e Barra Grande, há luxuosas casas de veraneio.
Políticos como o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e empresários como César Mata Pires, um dos donos da construtora OAS, possuem casas de praia ali.
O presidente da Bahiatursa -órgão oficial de turismo da Bahia-, Paulo Gaudenzi, diz que, além das belezas naturais, Itaparica faz parte da história brasileira. Entre 1822 e 1823, foi palco de uma luta pela consolidação da Independência do Brasil.
As tropas portuguesas -comandadas pelo general Madeira, que resistiam à proclamação da Independência- foram expulsas do Brasil após a realização de batalhas em Itaparica.

Como chegar
A opção mais fácil de transporte para chegar a Itaparica é o "ferryboat". A travessia de Salvador até a ilha é feita em 50 minutos. O passageiro paga R$ 0,70.
Quem preferir levar o carro paga no mínimo R$ 6,05 (veículos pequenos). Os proprietários de carros grandes pagam R$ 7,47. Aos domingos e feriados, o pedestre paga R$ 1,05, carros pequenos, R$ 6,47, e grandes, R$ 8,50.
Para facilitar a vida dos veranistas, a CNB (Companhia de Navegação Baiana) lançou há quatro anos o sistema hora marcada. Com ele, qualquer pessoa pode marcar antecipadamente seu horário de embarque para a ilha.
Quem escolhe esse sistema, evita as longas filas, particularmente comuns em fins-de-semana e feriados. O preço pela reserva é um pouco mais alto. As reservas têm que ser feitas pessoalmente (informações pelo telefone 071-242-9411).
O ônibus é outra opção para o percurso, indo por terra e contornando a baía de Todos os Santos. Diariamente, a empresa Viazul (071-358-0278) tem quatro horários de Salvador até Santo Antônio de Jesus (BA).
Para chegar a Itaparica, o turista ainda tem que pegar outro ônibus (R$ 5) ou alugar um táxi (R$ 25).
Quem prefere ir de carro deve ter paciência. A viagem demora em média três horas e meia e, em alguns trechos, a rodovia não possui sinalização.
Buracos e ondulações também são comuns na pista.

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