São Paulo, sexta-feira, 14 de abril de 1995 |
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Ceará lança programa de incentivo ao cinema
PAULO MOTA
Amparados na Lei do Audiovisual, elaborada no governo Itamar Franco, os certificados garantem aos empresários que investirem no filme um abatimento de 1% a 3% no Imposto de Renda. Segundo o ministro da Cultura, Francisco Weffort, os certificados transformam os investidores em sócios do filme, tendo direito de participar dos possíveis lucros. Segundo o secretário de Cultura do Ceará, Paulo Linhares, a "venda" dos certificados será feita pela estrutura do Banco do Estado do Ceará. Foram colocados à venda R$ 270 mil em certificados. Jereissati enviou à Assembléia Legislativa um projeto que concede abatimento de 1% a 3% nas cotas do ICMS de empresas cearenses que investirem em projetos culturais. Segundo Jereissati, o apoio ao filme de Cariri e o lançamento de uma programação comemorativa do centenário do cinema "fazem parte de um esforço para transformar o Ceará num pólo de produção cinematográfica". Segundo Linhares, o governo criou um "bureau" responsável por atrair produções na área de cinema, TV e vídeo. Até o final do ano, está prevista a realização de oito filmes no Estado. Diretores como Norma Benguel, com "O Guarani", Wálter Lima Júnior, com "A Ostra e o Vento", e Augusto Ribeiro Júnior, com "O Quinze", já confirmaram as locações no Estado. Linhares disse que desenvolve um tipo de ação cultural semelhante ao modelo "film-comissions", praticado nos EUA, no qual o Estado entra como mobilizador da iniciativa privada na formação da infra-estrutura para as produções. "Como não temos dinheiro, nós conseguimos apoio dos hotéis, restaurantes, agentes de viagens e da iniciativa privada para baratear os custos das produções que são feitas aqui", diz Linhares. Texto Anterior: Século 18 sai em 96 Próximo Texto: Festival de cinema abre inscrições Índice |
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