São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 1995 |
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Empresários mantêm receios
GILBERTO DIMENSTEIN
"Foi uma conversa franca e transparente", disse John Reed, presidente do Citibank, promotor do encontro junto com a Ford. O Citibank é o maior credor privado do Brasil. Base O próprio presidente Fernando Henrique admitiu estar enfrentando dificuldades em sua base de sustentação nos partidos, o que dificulta a velocidade das reformas e provoca temor em investidores estrangeiros. "O encontro com empresários mostra como a imagem do Brasil está evoluindo", disse o chanceler Luiz Felipe Lampreia. Segundo ele, os pedidos de entrevistas pela imprensa refletiriam esse interesse empresarial. O que se colheu da impressão dos empresários é uma galeria de receios sobre, de um lado, os efeitos da crise mexicana e, de outro, a imagem de que Fernando Henrique Cardoso seria refém do Congresso Nacional. Patentes Mais uma vez, a questão das patentes veio à tona, trazida por representantes da indústrias farmacêutica, os setores mais agressivos devido à ausência da Lei de Patentes no Brasil. Fernando Henrique tentou garantir que o Congresso em breve aprovaria a lei. Mas os industriais ainda estão desconfiados de que leve muito tempo pela falta de organização do governo do Congresso. A promessa de que as tarifas de importação voltariam a cair e, talvez, antes mesmo do tempo fixado de um ano, é aplaudida. Mas consideram vaga, por falta de uma data anunciada e porque nem o próprio governo sabe exatamente quando a balança comercial voltará a ter saldos positivos. Texto Anterior: Motta vê "masturbação sociológica" do governo Próximo Texto: Brasil quer ONU dedicada ao social Índice |
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