São Paulo, sábado, 29 de abril de 1995
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McVeigh foi examinado por síndrome

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Médicos do Exército dos EUA examinaram em 1991 o acusado pelo atentado de Oklahoma City para checar se ele era portador da "síndrome da Guerra do Golfo", segundo informou ontem o jornal "The Buffalo News".
O Exército americano se recusou a comentar a reportagem do jornal (circulação paga de 303 mil cópias por dia, sexta maior no Estado de Nova York, Costa Leste).
A síndrome afetou milhares de soldados que, como Timothy McVeigh, 27, o suspeito do atentado, participaram da Guerra do Golfo em 1991. Seus sintomas incluem fadiga, dor de cabeça, problemas sexuais e brotoejas.
Vários amigos de McVeigh dizem que ele voltou "diferente" da Guerra do Golfo. Por sua atuação na Guerra, ele foi condecorado e promovido a sargento. De volta aos EUA, ele deixou o Exército.
A polícia federal (FBI) continua a caçada ao colega de McVeigh que alugou com ele o caminhão onde foram colocados os explosivos que demoliram o edifício público federal de Oklahoma City (região centro-sul ocidental).
Além do retrato falado do segundo suspeito, também está sendo divulgado o número da chapa que estava no carro de McVeigh, que agora pode estar sendo utilizada por seu colega foragido (LZC646, do Estado do Arizona).
McVeigh foi detido por um policial cerca de duas horas depois do atentado por estar dirigindo um veículo sem placas. Ele estava só no carro.
Testemunhas dizem tê-lo visto saindo no mesmo carro (um Mercury amarelo 1977) em alta velocidade de um estacionamento próximo ao prédio demolido minutos depois da explosão, com um outro homem ao seu lado.
Os trabalhos de resgate dos corpos da vítimas do atentado foram interrompidos na madrugada de ontem depois que alguns blocos de concreto desabaram sobre os trabalhadores.
Estima-se que ainda haja 97 corpos soterrados sob os escombros. Outros 110 cadáveres já foram retirados de lá. Uma das pessoas mortas foi uma enfermeira que participava do resgate, atingida na cabeça por um pedaço de concreto.
Em Milan (Estado do Michigan), James Nichols, um dos irmãos acusados de conspirar com McVeigh para a fabricação de explosivos, teve ontem sua primeira audiência com a justiça federal.

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