São Paulo, segunda-feira, 1 de maio de 1995
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Curso de administração pública deixa de ser gratuito em agosto

LARISSA PURVINNI
DA REPORTAGEM LOCAL

A partir de agosto, novos alunos do curso de administração pública da FGV (Fundação Getúlio Vargas), gratuito até o primeiro semestre deste ano, vão pagar mensalidade.
A informação está na página 12 do manual do candidato, que informa que a ``escola não tem cursos gratuitos."
Em janeiro, a mensalidade era de R$ 443,78. Quem já está matriculado não vai precisar pagar até se formar.
Segundo o coordenador do curso de administração pública, Antonio Mendes de Almeida Júnior, 49, a decisão partiu da própria fundação.
O curso era financiado por um convênio com o governo de São Paulo. Segundo o coordenador, o governo atrasava o pagamento. Quando o dinheiro chegava, defasado pela inflação, não cobria os gastos.
No final de 94, a FGV propôs uma renegociação do acordo. Pela proposta, o curso passa a ser pago e o governo financia um fundo de bolsas. Outra idéia é investir os recursos para criar uma pós-graduação.
A escola também mantém um fundo de bolsas que financia as mensalidades em até 80%. Os alunos reembolsam a escola depois de formados.
``Muitos procuravam o curso por ser gratuito e não porque querem a área pública. O governo financiava a formação de administradores para a iniciativa privada. Era uma hipocrisia", diz Almeida Júnior.
Segundo Dalmo Nogueira Filho, 51, secretário-adjunto de governo de São Paulo, a resposta para deve sair em um mês.
O curso de administração pública oferece 50 vagas por semestre e forma administradores para trabalhar em órgãos do governo ou entidades sem fins lucrativos, como as ONGs (Organizações Não-Governamentais).
A escola também tem o curso de administração de empresas, pago, que prepara administradores para empresas privadas.
Vestibular
As inscrições para o vestibular de meio de ano da FGV acontecem até esta sexta-feira.
A prova da escola se desligou da Fuvest e passa a ser realizada pela Fundação Carlos Chagas.
O exame é feito em dois dias. Na primeira fase são aprovados 700 candidatos. Na segunda, 200.

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