São Paulo, segunda-feira, 1 de maio de 1995
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HISTÓRIA EM QUADRINHOS

BIA ABRAMO
DA REPORTAGEM LOCAL

Quadrinhos é coisa de criança ou no máximo de adolescente, certo? Errado. Nos anos 80, os americanos criaram a ``graphic novel" (ou romance gráfico), uma palavra e um formato de revista para adultos irem à banca comprar quadrinhos sem culpa.
Antes da ``graphic novel", já existiam quadrinhos para adultos -ou para teens mais espertos.
O desenhista norte-americano Robert Crumb, com personagens como Mr. Natural e Fritz, The Cat, registrou na forma de quadrinhos todas as transformações culturais e comportamentais (ou o famoso trio sexo, drogas e rock'n'roll) da década de 60.
Na Europa, criadores como os italianos Hugo Pratt, Guido Crepax, Milo Manara e o belga Moebius também faziam quadrinhos com temas nada infantis -sexo (de novo), psicodelismo, ficção científica- e desenhos elaborados. As revistas ``Metal Hurlant" (França) e ``Linus" (Itália) centralizavam, nos anos 60 e 70, o que havia de mais moderno em HQ adulta.
Mas foi com um Batman sombrio, amargurado e violento que uma verdadeira febre de álbuns de luxo, com desenhos sofisticados e roteiros ultracomplexos, chegou às bancas. ``O Cavaleiro das Trevas", de Frank Miller, decretava a maioridade no mundo dos super-heróis.
Violência, insanidade, sensualidade e dúvidas existenciais passaram a habitar os quadrinhos - que inclusive perderam as divisões lineares (sua ordem cronológica). ``Elektra Assassina", também de Frank Miller, ``Watchmen", de David Gibbons e Alan Moore, ``Sandman", de Neil Gaiman, são algumas das melhores ``graphic novels" editadas no Brasil.

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