São Paulo, segunda-feira, 1 de maio de 1995
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Novo som de Bristol faz pista de dança sossegar

ZECA CAMARGO
DA REDAÇÃO

Nem Portishead nem Massive Attack nem Tricky gostam de ser chamados de ``turma de Bristol" ou qualquer outra variação deste rótulo em inglês.
A referência básica é geográfica, mas, mesmo a contragosto, é difícil não admitir que o som delas tem alguma coisa em comum.
Cada grupo tem um motivo diferente para ser chamado de genial, mas o que os coloca tão junto é a redefinição do que pode ser dançado.
Chega de competir para ver quem toca mais batidas por minuto. O moto agora é: ``Quer dançar? Então sossegue".
Sem falar na coincidência do mesmo sampler (trecho ``roubado" de outra música) de Johnny Ray aparecer em ``Hell Is Around the Corner" no álbum de Tricky e em ``Glory Box" no do Portishead.
Felizmente estes pontos em comum oferecem não uma repetição, mas três álbuns fascinantes (sem previsão de lançamento no Brasil) para ouvir e dançar.
O Massive Attack é, das três bandas, talvez a mais familiar por ter saído na frente em 91 com seu ``Blue Lines".
``Protection", o novo trabalho, tem trunfos extra nas colaborações especiais (confira Tracy Thorn na faixa-título).
Fora isso, é a banda que tem os mais cobiçados e variados remixes dos seus singles.
Só ``Sly" tem oito versões oficiais, fora as piratas. E o remix de ``Karmacola" pelo Portishead chega perto do divino.
Tricky é um fenômeno menor. Mesmo assim, a já citada ``Overcome" é um clássico instantâneo (com ``Hell"), e ``Ponderosa" traz uma percussão inusitada, próxima do gamelão.
E o Portishead, você já sabe...

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