São Paulo, segunda-feira, 1 de maio de 1995
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Gastos de campanha; Críticas a Nassif; Um ano sem Senna; Direitos humanos; Consumismo e crescimento; Didatismo sem excesso; Violência no futebol; Rede Globo; Janio de Freitas; José Simão

Gastos de campanha
``Nas edições dos dias 14 e 27 de setembro de 1994, a Folha noticiou duas vezes a investigação sobre os gastos de minha campanha, promovendo, em alguma medida, constrangimento a minha pessoa frente à opinião pública e aos meus eleitores. Um processo foi aberto e as investigações prosseguiram até o seu momento final, onde a Procuradoria Geral de São Paulo sentenciou de maneira irrevogável a improcedência da denúncia."
Ayres da Cunha, deputado federal pelo PSDB-SP (São Paulo, SP)

Críticas a Nassif
``É difícil acreditar que uma figura pré-histórica como o sr. Antonio Neto, que se autodenomina representante dos trabalhadores, tenha insensatez de atacar um dos mais lúcidos e lidos colunistas deste país, o jornalista Luís Nassif. Em primeiro lugar, o sr. Antonio Neto representa o que e quem para o movimento sindical brasileiro? A resposta é simples e direta: nada e quase ninguém. Se a Central Geral dos Trabalhadores tiver mais que seis sindicatos filiados é muito, e esse desafio de mostrar os filiados eu faço de público. Em segundo lugar, a FSM, central sindical internacional que diz representar também, não existe e isso por raciocínio bastante lógico. É uma central de orientação comunista e com a queda do Muro de Berlim o comunismo acabou. Um terceiro fato interessante, mas que nem mereceria ser comentado é que o sr. Antonio Neto nunca dirigiu sequer uma greve ou manifestação de qualquer natureza, nem contra ou a favor de nada. A única baboseira que defende para as paredes é a manutenção do imposto sindical, sua mais ferrenha subsistência. Isso porque não tem base de trabalhadores para mobilizar. A CGT hoje é uma central sindical de cartório. Como pode um homem dessa natureza querer atacar uma das figuras mais ilustres e mais formadoras de opinião deste país, que é o jornalista Luís Nassif? Com as reformas constitucionais temos a esperança de ver aprovada a liberdade sindical para que figuras cartoriais dessa estirpe saiam definitivamente do movimento sindical. Os trabalhadores não merecem isso."
Paulo Pereira da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (São Paulo, SP)

Um ano sem Senna
``Gostaria de parabenizar o `Paralamas' Herbert Vianna pela sensibilidade ao descrever o vazio que toda uma nação sente a cada dia ao se lembrar que o país tinha um ídolo, não só nos finais de semana, mas durante o ano todo. Senna levou consigo dez anos de Fórmula 1 e um pedaço do coração dos que, como eu, adoram esse `maldito' automobilismo."
Eduardo Pellegrini (Guarulhos, SP)

``Depois de um ano, ainda faltam palavras e sobram emoções. É o fenômeno Ayrton Senna."
Marcos Moreno (Varginha, MG)

Direitos humanos
"Sr. Raffaello Pappone, espero que tenha lido, na mesma página de sua carta (Painel do Leitor, 27/4), o artigo de Luiza Erundina, `Uma sentença a favor dos direitos humanos'. Hipocrisia é um presidente que fala várias línguas, menos a do seu próprio povo, e que se uniu aos que mais desrespeitaram os direitos humanos. Democracia só é possível com respeito aos direitos humanos, estabelecimento do estado de direito e das garantias constitucionais, entre elas salário digno, saúde, educação, alimentação, moradia, segurança, lazer."
Luiz Carlos dos Santos, coordenador do Centro Pastoral de Orientação e Educação a Juventude (São Paulo, SP)

Consumismo e crescimento
``Muito lúcida a carta do leitor Gilberto Motta da Silva, inserida no Painel do Leitor de 27/4. Somente idiotas não notam que as notícias de consumismo exagerado e altos índices de crescimento econômico são mascaradas pelo governo em uma tentativa de enganar trouxas e desinformados."
Rogerio de P. P. Mascarenhas (Itajubá, MG)

Didatismo em excesso
``Chamou-me a atenção, e isso já vem ocorrendo há algum tempo, o uso excessivo de parênteses pelos jornalistas da Folha, com poucas exceções. Isso prejudica a boa leitura, tornando-a muitas vezes impraticável. Um jornal crítico e atual como a Folha precisa perceber que seus leitores não necessitam de tantas explicações entre parênteses. É como uma maratona de obstáculos. Sugiro a redução do uso desse recurso ou o deslocamento para o final de cada reportagem ou página."
Edson Antonio dos Reis (São Paulo, SP)

Violência no futebol
``Se o torcedor não pode mais sair de casa com a camisa do seu time; se a polícia não consegue controlar as torcidas (des) organizadas em campo; se os juízes de futebol não impõem respeito junto aos jogadores; se, enfim, o futebol deixou de ser lazer, o que nos resta é abandonar os estádios por algum tempo até que os cartolas façam a sua parte, ou seja, expulsar do time o jogador que for expulso por agressão violenta, aplicar altas multas aos jogadores que receberem cartão amarelo por agressões menores e deixar de lado o famigerado ``tapetão' para promoverem resultados de seu agrado."
Curt Nees (Joinville, SC)

Rede Globo
``Quero parabenizar o sr. Marcelo Coelho pelo artigo sobre o abuso de poder da Rede Globo, na edição de 28/4. O articulista da Folha relata, com propriedade, a manipulação política diária e explícita realizada pela emissora. O artigo reforça a necessidade de democratizar os meios de comunicação no país. Só assim, deixaremos de ser meros `plim-plim' para nos tornarmos verdadeiros cidadãos."
Adriano Bardou Martins (Curitiba, PR)

Janio de Freitas
``Convido os leitores a lerem Janio de Freitas nesta Folha de 28/4, sob o título `O dique rompido'. Em narrativa inspiradíssima e absolutamente verossímil, Janio retrata com clareza o sentimento que toma conta do PMDB no Congresso. Análise ímpar, despretenciosa e sobretudo profissional, faz com que todos os parlamentares peemedebistas o leiam e dêem a máxima divulgação -inclusive às suas bases. Pedirei sua inserção nos anais do partido."
Hermes Parcianello, deputado federal pelo PMDB-PR (Brasília, DF)

José Simão
``Assim não dá! Na Presidência da República, o colega professor comete um equívoco atrás do outro; no Painel do Leitor, duas colegas reclamam da coluna do Simão. Desse jeito, alimentam o preconceito de que a incompetência e o azedume são características da profissão. Viva o Simão, que, por tudo isso e apesar disso, nos faz rir."
Maria Aparecida Morgado (São Paulo, SP)

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