São Paulo, terça-feira, 2 de maio de 1995 |
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Religião e F-1 se misturam em cemitério de SP
RODRIGO BERTOLOTTO
Desde a manhã, o jazigo do piloto foi rodeado por círculo de crisântemos (vendidos a R$ 5) e fãs (cerca de 100 mil pessoas nos três últimos dias, segundo funcionários do cemitérios), vestidos com camisetas retratando Senna (R$ 10). A mistura de fé e automobilismo estava pendurada na árvore próxima ao túmulo. Lá, pendia a faixa com a mensagem ``Senhor, por acaso não chegou aí um garoto dirigindo um carro azul (...). Se chegou, dê a ele a bandeira quadriculada, porque, embora não saiba, ele venceu." Ao lado, um retrato com Cristo abraçando o piloto brasileiro. Às 10h30, foi celebrada uma missa campal a 50 metros do jazigo do piloto. A liturgia foi amplificada por um equipamento de som. Tinha como fundo musical a trilha do filme ``Tudo por Amor", composta pelo saxofonista Kenny G. Entre um pigarro e outro, o padre português Joaquim Inácio Ribeiro dirigiu a celebração. No estacionamento, o fã Antônio González transformou seu carro em um altar, com quadros do piloto e uma fita de áudio com as chegadas, os depoimentos e a música-tema do piloto. ``Muita gente ajoelhou, rezou e chorou em frente ao meu carro", disse González. Um grupo de 90 crianças gritando sem parar ``meu herói, meu herói" e outro de turistas japoneses também estiveram presentes. Texto Anterior: Japonês usa milho em culto Próximo Texto: Milan tenta contratar colombiano Asprilla; Ingressos para 96 estão sendo vendidos; Filha de Edmundo nasce em São Paulo; A FRASE; Brasil estréia hoje no Mundial da China; Ronaldo Costa vence competição no Rio Índice |
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