São Paulo, quarta-feira, 3 de maio de 1995
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Saiba como criar serviço para troca de mensagens

DANIEL JAPIASSU
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Os serviços de trocas de mensagens por computador (BBS) estão ganhando cada vez mais adeptos, enquanto o Brasil ainda engatinha no acesso amplo, geral e irrestrito à Internet, a rede mundial de computadores.
É fácil entrar em um dos serviços (leia lista na pág. 6-35). Mas, se você não encontrar algum do seu agrado, criar seu próprio BBS não é coisa do outro mundo. Acompanhe as dicas a seguir.
Micro - Deve ser pelo menos um 486 com memória de 8 Mbytes, monitor padrão SVGA, placa de vídeo com memória de 1 Mbyte e ``Windows".
Placa fax-modem - Serve para transmitir os sinais de computador por telefone (leia mais na pág. 6-8). Sua velocidade deve ser, pelo menos, de 14,4 mil bps.
Programa de gerenciamento - É o que controla as ligações telefônicas e garante que a mensagem de fulano chegue ao endereço de sicrano. Também permite criar telas com menus dos serviços que seu BBS oferece.
Linha telefônica - De preferência, que não seja a única da casa, para evitar conflitos de interesses.
Programas de uso e consulta - São os que você vai gravar no disco rígido de seu micro e colocar à disposição de seus clientes. Dê preferência a produtos shareware (para teste), para evitar problemas de direitos autorais com programas protegidos por copyright.
Gerenciadores de BBS (sysop) ouvidos pela Folha recomendam a especialização -entretenimento, serviços etc.-, pelo menos no início das operações.
Você também não deve cobrar muito caro pelo uso do sistema: isso espanta os usuários.
Grandes BBS cobram uma assinatura mensal que vai de R$ 10 a R$ 25 e dá direito de 60 a 100 minutos de acesso por dia.
Nos primeiros meses, você pode seguir o exemplo do sysop Adriano Marcandali, 18, da BBS Hightech (SP), ainda em expansão. Ele cobra em torno de R$ 4 (30 minutos por dia) ou R$ 8 (60 minutos).
`` BBS começa como um hobby. Todo dinheiro que entra é utilizado no aperfeiçoamento do sistema e na compra de novos softwares", diz. ``Só depois de alguns meses é que se pode pensar em ampliar os horizontes".
Diogo Crescenti, 35, dono da LitoralBBS, de Santos, montou uma rede eletrônica para aumentar a clientela de sua empresa, a StarHot Litoral, especializada em acessórios e periféricos.
``É uma facilidade", comenta. Crescenti tem um 486 multimídia, ligado a um servidor com disco de 1,3 GByte.
``Mantenho sempre um CD com programas eróticos, como o `La Traviatta' ou jogos, para atiçar os adolescentes", diz ele.
Também é recomendável ter acesso a serviços de informações e a grandes redes, como BrasilNet, SyncNet, MasterNet -além, é claro, da Internet. O acesso pode ser feito via outro BBS que já tenha convênios.

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