São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 1995
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'Acho Romário muito metido'

DA SUCURSAL DO RIO

Folha- Como você resolveu vir para o centro de treinamento?
Nivaldo- Eu soube que o Zico ia abrir uma escola. Um amigo meu leu a notícia no jornal. Resolvi tentar. Quero ser jogador.
Folha- Foi difícil sair só de Volta Redonda?
Nivaldo- Não. Foi fácil. Peguei o ônibus na rodoviária de lá e desci na do Rio. Aí, perguntei onde era a Barra da Tijuca e o Recreio. Desci na Barra e peguei outro ônibus. Depois, andei até chegar.
Folha- Como era sua vida?
Nivaldo- Eu engraxava o dia inteiro e quando dava, treinava no Volta Redonda (clube de futebol). Mas eu não teria chance lá.
Folha- Você estudava lá?
Nivaldo- Não. Só fiz até o segundo ano. Depois, tive que parar para ajudar a minha mãe.
Folha- Quantos irmãos você tem? Todos trabalham?
Nivaldo- Sete. Alguns também engraxam. A gente precisar ajudar.
Folha- Você gosta da sua vida com a família de Sérgio Paesler?
Nivaldo- Gosto. Aqui eu treino de manhã e estudo à tarde. Tia Pati me leva para a escola. Só na sexta à noite, vou para Volta Redonda.
Folha- Como gosta de jogar?
Nivaldo- No meio-campo, mas também vou para frente marcar gols. Eu sou bom na marcação. Sou pegador mesmo. Antes fazia muita falta. Agora só vou na bola.
Folha- Quem são seus ídolos?
Nivaldo- Zico e Dunga. Achei o Dunga o melhor jogador de toda a Copa do Mundo.
Folha- Você gosta do Romário?
Nivaldo- Não. Acho ele muito metido. Prefiro o Bebeto, que é um craque de verdade.

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