São Paulo, sábado, 20 de maio de 1995
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Advogados japoneses se recusam a defender o líder da seita Aum

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O guru da seita Aum Shinrikyo (Ensinamento da Verdade), Shoko Asahara, ainda não conseguiu encontrar advogado para defendê-lo.
Asahara é suspeito de ter ordenado o atentado com gás sarin que matou 12 pessoas e intoxicou 5.000 no metrô de Tóquio.
O advogado que defende a Yakuza (máfia japonesa), Makoto Endo, recusou a defesa do guru Asahara na última quarta-feira.
Koken Tsuchiya, presidente da Associação de Advogados do Japão, disse que não existem advogados para defender a seita.
No Japão, um acusado pode ficar sem advogado até que o caso vá a julgamento -quando é nomeado um defensor público.
Segundo fontes policiais, Asahara teria dito que pretende alegar inocência se acusado pelo atentado. Ele teria respondido a todas as perguntas da polícia dizendo: ``Vou manter silêncio sobre a verdade. Contarei tudo em juízo".
A polícia japonesa achou na sede da seita recipientes iguais aos usados no fracassado atentado com gás venenoso cianogênio. A tentativa aconteceu no metrô de Tóquio em 5 de maio.
O Ministério do Trabalho do Japão disse que a seita pode ter que pagar milhões de dólares de indenização às vitimas do atentado. Mais de 1.100 vítimas já pediram indenização.
Segundo a polícia japonesa, o principal químico da seita, Masami Tsuchiya, confessou ter produzido 6 litros do gás venenoso sarin em janeiro deste ano. Ele também teria revelado a existência de mais laboratórios na sede da seita.

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