São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 1995
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"Toda greve é política"

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Mário Covas (PSDB), governador de São Paulo: ``Toda greve é política. A questão não é discutir se é política ou não. O problema é que os servidores públicos devem encontrar formas de lutar pelos seus direitos sem prejudicar o cidadão".
Paulo Maluf, prefeito de São Paulo: ``A greve é política. O PT não se conforma com a derrota nas urnas e agora quer um terceiro turno".
Paulo Paim, deputado federal (PT-RS): ``A greve não é política, é eminentemente econômica, é por salários. Seria política se fosse contra as reformas do governo, contra a quebra do monopólio da Petrobrás."
Ricardo Trípoli (PSDB), presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo: ``Sim. A greve hoje é política. No início ela era reivindicatória mas perdeu esse caráter".
José Aníbal, líder do PSDB na Câmara: ``Acho que a greve é política também. Do ponto de vista da reivindicação, já houve manifestação do TST. Apesar disso, os petroleiros não voltaram ao trabalho. Há indícios de que há conotação política, como a questão da reforma constitucional".
Luíza Botelho, diretora da FUP (Federação Única dos Petroleiros): ``A greve não é política. São reivindicações econômicas e sociais. Este entendimento chegou ao senador Arthur da Távola (PSDB-RJ), que está intermediando as negociações com o governo. Dizem que a greve é política porque tentam pegar um gancho na greve na tentativa de jogar a sociedade contra os petroleiros e contra o monopólio. Nós somos contra estas reformas, mas não houve uma discussão dentro da categoria sobre isso".

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