São Paulo, quarta-feira, 24 de maio de 1995 |
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Banco Central derruba taxas de juros
RODNEY VERGILI
Paulo Sampaio, superintendente-geral da Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto), diz que o leilão demonstrou uma clara tendência de queda das taxas de juros em junho. Segundo ele, a queda na rentabilidade do over no próximo mês já se reduziria naturalmente de 4,25% para 4,04%, uma vez que maio tem mais dias úteis (22) do que junho (21). Ele acrescenta que mantidos os juros atuais do over este mês e utilizando-se a rentabilidade aceita pelo Banco Central no leilão de títulos públicos (BBCs) de ontem, a queda dos juros será ainda maior, passando dos 4,25% em maio para 3,85% em junho. As Bolsas estão sem definição de tendência. Cláudio Lellis, diretor do Lloyds Bank, diz que a expectativa é de recuperação gradativa nas cotações a médio prazo, dependendo da reversão no déficit (saldo negativo) da balança comercial (exportações menos importações), do acerto nas contas públicas e do programa de privatização. O dólar está em baixa. A cotação ontem ficou próxima do limite mínimo de R$ 0,88. As exportações estão perdendo o fôlego. O fechamento do câmbio comercial ficou negativo nos últimos dias 19 e 22. O saldo comercial acumulado no mês até o dia 22 continua, porém, positivo em US$ 923,11 milhões. A entrada total (comercial e financeiro) de dinheiro externo continua superando a saída neste mês em US$ 1,39 bilhão. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,15%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 5,67% para 30 dias úteis, projetando rendimento de 4,25% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 5,68% ao mês, com rendimento de 4,28% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 3,9722%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 35% e 60% ao ano. CDBs pós-fixados de 153 dias: entre 13% e 13,5% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,82% ao mês, projetando rentabilidade de 5,21% no mês. Para 30 dias (capital de giro): entre 74% e 138% ao ano. No exterior Prime rate: 9% ao ano. Libor: 6,13% ao ano AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 0,37%, fechando com 40.487 pontos e volume financeiro de R$ 262,68 milhões. Rio: baixa de 0,3%, encerrando a 18.902 pontos e movimentando R$ 18,54 milhões. Bolsas no exterior Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 15.916,15 pontos ontem. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.489,8 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,888 (compra) e R$ 0,889 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,888 (compra) e por R$ 0,890 (venda). ``Black": R$ 0,871 (compra) e R$ 0,880 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,880 (compra) e R$ 0,885 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,865 (compra) e R$ 0,900 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: alta de 0,09%, fechando a R$ 10,84 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até 22 de maio foi positivo em US$ 923,11 milhões. As entradas financeiras superaram as saídas de dólares em US$ 469,31 milhões. O saldo total está positivo em US$ 1,39 bilhão. No exterior Segundo a ``UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,5710 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4338 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 87,31 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 383,40. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para maio fechou a 4,27% no mês e para junho a 3,95% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para junho ficou a 41.200 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para maio fechou a R$ 0,896 e a R$ 0,916 para junho. Texto Anterior: Juros elevados impedem os investimentos Índice |
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