São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995
Texto Anterior | Índice

Petroleiros; Maus-tratos; Oklahoma; Som Brasil; Bananas; Cientistas

Petroleiros
``Após assumir o governo, o PSDB mostra a verdadeira face ao ceder aos ruralistas inadimplentes, aos fisiológicos do PFL. Evita, porém, o PSDB, discussão com assalariados, preferindo a truculência dos tanques, como na China comunista."
Murilo Jardelino da Costa (Cabedelo, PB)

``Greve não é caso de polícia, muito menos do Exército. Ao ocupar refinarias com tropas militares, o governo federal está apostando no `quanto pior, melhor'."
Luiz Carlos da Silva, 1º Secretário da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

``Que o presidente da República utilize todo o rigor da lei contra os baderneiros e sabotadores do Plano Real e acelere as privatizações, derrotando esta casta de trabalhadores estatais que traem os ideais da nação."
Paulo Roberto Esteves de Barros Souza (São Paulo, SP)

``Presidente Fernando Henrique, o senhor pode perder a batalha, mas já ganhou a guerra; em três semanas, o povo aprendeu que o monopólio estatal é intolerável."
Hanns John Maier (Ubatuba, SP)

``Brizola pediu a volta dos militares e aí estão eles de novo, nas refinarias. Será que agora ele terá gás para continuar com seu discurso legalista?"
Domingos de Abreu Miranda (Araçatuba, SP)

Maus-tratos
``A matéria `Maioria das agressões a crianças é feita por pais', de autoria do jornalista Antônio Rocha Filho, publicada dia 24/5, confirma uma triste realidade que há muito tempo preocupa pessoas e entidades empenhadas na solução dos problemas da infância e da adolescência, como a Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança. A violência contra crianças e adolescentes -especialmente a que é provocada pelos próprios pais- é entendida por nós como uma grave doença social em relação à qual a sociedade não pode ficar impassível."
Silvia Gomara Daffre, presidente do Conselho Consultivo da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança (São Paulo, SP)

Oklahoma
``O editorial de 20/4 deixa clara a intenção da Folha de ligar o atentado de Oklahoma City aos denominados `islâmicos radicais'. Tenho a mais firme convicção de que, como árabe, estou ligado a um povo que, como todos os demais povos, tem os seus melhores e os seus piores. Tenho plena consciência também de que o desespero de muitos de nossos irmãos árabes, por terem seus lares invadidos e sua terra arrebatada por tratados de gabinetes e acordos internacionais nem sempre bem assimilados, às vezes os leva a cometer desatinos como quaisquer outras pessoas na Irlanda, na Inglaterra, na Alemanha, na França ou mesmo nos Estados Unidos. Daí a minha indignação com a afirmação que considero preconceituosa feita no caso de Oklahoma City, onde, sem qualquer investigação mais séria, atribuiu-se o atentado aos `radicais islâmicos', numa clara e infeliz referência aos árabes."
Elias Abrahão, deputado federal pelo PMDB-PR (Brasília, DF)

Nota da Redação - A Folha concorda com as considerações do missivista, mas em nenhum momento atribuiu o atentado de Oklahoma City a islâmicos radicais. O editorial dizia: ``Seria inútil tentar relacionar hoje possíveis culpados: islâmicos radicais, fanáticos religiosos, separatistas bascos".

Som Brasil
``Em relação à matéria do repórter Roni Lima, publicada na Folha de 24/5, cumpre-nos esclarecer: 1) O problema do `Som Brasil' não é de audiência. Esse programa foi o de melhor performance, às terças-feiras, no ano de 1994, conforme o DATA-Ibope. 2) O problema é que a audiência está diretamente ligada à programação de artistas populares, que lideram as chamadas `paradas musicais'. A Rede Globo nada tem contra a música de consumo, mas não tem havido renovação entre os grandes vendedores de disco e isso torna o programa repetitivo. 3) Foi feita, por determinação da VPO (Vice-Presidência de Operações), uma gravação com artistas menos populares, mas o formato ficou frio e não agradou à empresa. 4) A VPO estudou novas alternativas, uma delas a que sua matéria se refere, mas não há decisão final sobre o assunto."
Edwaldo Pacote, assessor da Vice-Presidência de Operações da Rede Globo de Televisão (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Roni Lima - Os índices de audiência/94 na Grande São Paulo do ``Som Brasil" demonstram que o programa mensal teve média anual superior ao concorrente do SBT (33 a 12). O programa da Rede Globo iniciou o ano com 40 pontos na pesquisa de audiência e terminou com 28 pontos, com pico de 41 pontos em dois meses. A reportagem não afirma que há decisão final sobre um novo programa.

Bananas
``Conforme editorial da Folha, novos municípios maranhenses estão recebendo nomes de políticos como José Sarney, Edison Lobão e outros. É mesmo uma `República das Bananas'. No futuro, teremos a creche PC Farias e o aeroporto Jorge Bandeira."
José Henrique Antunes, seguem-se mais três assinaturas (Campinas, SP)

``Gostaria que o sr. José Sarney, seus filhos e amigos estivessem trabalhando para acabar com o analfabetismo, a miséria e a fome, e não para criar novos municípios para beneficiar mais algumas dúzias de políticos."
Jozivaldo da Costa Ximenes (São Paulo, SP)

Cientistas
``Quero parabenizar a Folha pela iniciativa da matéria `Quem é elite científica brasileira'. Faço duas sugestões: 1) que se façam matérias similares enfocando as ciências tecnológicas e humanas; 2) que se promova uma discussão sobre os conselhos do professor Izquierdo, cuja questão motivadora poderia ser: `São esses casuísmos e oportunismos que devem determinar a orientação da pesquisa no país?"'
Herman Augusto Lepikson, professor adjunto da Universidade Federal da Bahia (Salvador, BA)

Texto Anterior: Humilhação e prosperidade
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.